Defenda você o lado que preferir, escolha a cor e a bandeira que bem entender. O “um dia depois da eleição” chegará e, eu não sei você, mas, quando acordar no 3 de outubro, vestirei o mesmo uniforme de sempre e seguirei para as minhas batalhas habituais. Conversando, abraçando, recebendo e sorrindo com todos, indiferente dos seus votos.
Meus boletos não esperam eu vencer… e abrir as portas da minha loja, como faço todo dia, é um prazer que desejo manter por um longo período. A minha vida não mudará um centímetro que for sem arregaçar as mangas, soar e fazer por mim, pelos meus.
O Brasil não deixará de existir. Nada é tão claro como esta certeza. É um fato imutável e penso que as pessoas precisam por isso na cabeça. Além de também compreender que, por vocação, nunca seremos uma Suíça, tão pouco uma Venezuela. Somos condenados a mediocridade… é isso, aceitar dói menos.
Pode ser o partido “x”, “y” ou “z”. De direita, esquerda ou centro… definitivamente não importa quem vai vencer o pleito, não importa mesmo. E antes que diga, não sou um isentão! A verdade é que por mais que o desejo seja enorme, o mais provável é que nada mude estruturalmente falando.
Olhando para o rastro do tempo, o passado ensinou uma porção de coisas sobre o futuro. Posso imaginar, daqui a quatro anos, os mesmos temas definindo as pautas, em um repeteco infinito. Talvez estejamos ligeiramente melhor ou pior. Uma coisinha aqui, outra ali… Porém, nada muito distante da média dos últimos 500 e tantos anos.
É evidente que as preferências existem, aquela vontade de assistir um lado silenciar a gritaria do outro. De encerrar a barbárie de hoje e conseguir sentar em um boteco qualquer para dar risada junto dos que defendem pensamentos distintos do meu. Sem medo, sem violência, sem intolerância, sem locuras ou afastamento.
O Brasil é este prato que não está na mesa. Aprenda a digerir esta realidade. Somos aquela sobra de fome e resto de vontade. Já vivemos acostumados com o roncar da barriga e encher os ouvidos de sonhos.
Portanto, no dia 3 de outubro, se os alienígenas não invadirem o planeta, ou algum maluco criar uma nova guerra, estarei fazendo o mesmo que viverei amanhã: acordar em Blumenau, arrumar minhas coisas, seguirei para loja e receberei Ciristas, Petistas, bolsonaristas, eleitores de Tebet ou qualquer outro presidenciável. Indiferente de quem vença a eleição.
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