Opinião: um gramado vazio

Foto: reprodução

Abril, céu azul e um gramado cheio de crianças.

Risadas ecoando por todo lado, toalha no chão, cesta de piquenique e uma bola de futebol que passa de um para o outro.

Uma criança grita feliz, sentada no pula pula, enquanto outras crianças ao seu redor pulam para que ela possa sentir a sensação gostosa do corpo livre e leve.

A cadeira de rodas repousa ao lado. Junto com o pai e a mãe, que emocionados deixam escapar uma lágrima de felicidade.

Num outro canto do lindo jardim, outra criança tenta entender os gritinhos e o balançar das mãos do amiguinho recém conhecido.

Logo ali, pertinho da mesa cheia de guloseimas, famílias trocam experiências.

Quando ninguém percebe, eu dou uma escapada, vou lá pro fim da trilha, nos fundos do quintal gigante, e em silêncio agradeço, pelo sol, pelas crianças e por poder compartilhar de tanta alegria.

A energia que emana desse lugar se mantém pura e incrível por muitos dias depois do piquenique, é quase palpável.

A pandemia nos roubou entre tantas coisas a alegria desse momento, e neste mês, fica ainda mais difícil não relembrar com saudade de todos os Piqueniques da Inclusão que dividimos.

Mas fica aqui a esperança de que dias melhores virão, e com eles, mais e mais edições desse dia tão cheio de amor.

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