Pela primeira vez, uma guerra atinge todo o nosso território. E é uma guerra contra um inimigo invisível. Nela, estamos lutando de uma maneira inusual: ficando em casa, evitando o contato com o tal oponente microscópico. Estamos de parabéns ao entender essa situação única e delicada.
Mas o que virá após essa luta? O isolamento social em que vivemos agora talvez seja um bom conselheiro para nos orientar. Pois vamos sentir outro dos efeitos de uma grande guerra, que também é um lado violento dela: milhões de desempregados na economia formal e milhões de autônomos sem renda, somados também a milhares de empresários quebrados.
Ao analisar as medidas tomadas até agora para amenizar a catástrofe, fica claro que não passam de paliativos. E o pior, são medidas seletivas, privilegiando um lado da gangorra em detrimento de outro.
Não há milagre. O governo terá que atacar de frente para minimizar a catástrofe de nossa economia. Terá que esquecer do tão perseguido equilíbrio fiscal e criar uma nova “bolsa família”, concedida independente da renda dos beneficiados. Esse seguro precisaria ser concedido por 12 meses, num valor mínimo de R$ 1,5 mil ao mês por família – R$ 18 mil no total.
Seria o valor básico para criarmos uma renda mínima, e recomeçar a girar a roda do mercado. Esta será uma medida que, mais do que qualquer outra, trará paz social. Nenhuma brasileira e nenhum brasileiro podem ser deixados para trás. Além desta atitude, também o BNDES precisa continuar com sua política de apoio às empresas.
De acordo com o IBGE, temos 69 milhões de famílias no país. Elas é que serão as grandes beneficiadas por essa nova renda mínima. E este investimento é que vai reativar o mercado. Pelo que vem propalando nosso excelente Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ainda teremos quarentena, no mínimo, até final de abril.
Logo que formos liberados do isolamento social compulsório (e necessário), chegará a hora do ministro da Economia, Paulo Guedes, tomar as rédeas de nosso destino. Nessas horas, vale muito frisar: os sábios tomam suas decisões amparados em recomendações técnicas. Só os tolos recorrem a gurus ou às correntes dos aplicativos de mensagens!
Sem dúvida uma brilhante e verdadeira, se não única, medida!!
Problema é isso ser percebido/implementado pelos “adoradores do mercado financeiro” encastelados no ministério da Economia!
Não há em lugar nenhum do mundo economia sem povo minimamente capaz de consumir!!