Os argumentos de Alba – e de outros candidatos – sobre a pesquisa da NSC em Blumenau

Foto: Thiago Philipps

Pesquisa eleitoral é sempre assim. Agrada um e contraria os demais. Não foi diferente na segunda pesquisa registrada em Blumenau – portanto passível de publicação – feita pelo Instituto Paraná e contratada pela NSC.

Quem mais se rebelou foi a candidatura de Ricardo Alba (PSL), que tentou e até conseguiu liminarmente contestar sua publicação. O questionamento principal é sobre a falta de clareza da amostragem das entrevistas – feitas por telefone – com relação especialmente ao bairro das pessoas ouvidas.

Os advogados de Alba questionaram que “a amostragem indica trinta bairros a ser consultados não traz a indicação de quantas pessoas serão consultadas por bairros, nem mesmo quantos pesquisadores serão disponibilizados para pesquisar cada bairro. Ora, não é possível saber, a partir dos dados colhidos no registro da pesquisa, se serão ouvidos o mesmo número de pessoas em cada bairro, ou se algum bairro terá mais e outros menos. Vale ressaltar que não é raro o caso em que as pesquisas são feitas com a participação de apenas 01 ou 02 entrevistas por bairros, o que, por obvio, não tem o condão de demonstrar com fidelidade a vontade política de todo um bairro. É necessário que fique claro no registro da pesquisa quantas pessoas por bairro devem ser consultadas, ou ao menos uma estimativa mínima, para que se possa ter uma convicção sobre a fidelidade da pesquisa. Não é possível, por exemplo, entrevistar 3 pessoas em cada bairro da periferia da cidade e 50 pessoas nos bairros centrais e dizer que tal pesquisa é fidedigna.”

A juíza Simone Faria Locks concedeu a liminar, que foi revertida pela NSC algumas horas depois no TRE.

A campanha de Mário Hildebrandt (Podemos), que aparece na frente, com larga vantagem, e de Ana Paula Lima (PT), que caiu, tem a mesma crítica e entendem que a concentração das entrevistas em uma determinada região pode beneficiar determinados candidatos.

Representantes das candidaturas do PT e do  PL, de Ivan Naatz, também questionam as entrevistas por telefone, que comprometeriam o caráter técnico da pesquisa, ainda mais com 12 candidatos a prefeito.

Conversei também com uma pessoa da linha de frente da campanha de João Paulo Kleinübing (DEM), que aparece em segundo, e ele me disse que houve o debate interno sobre questionar na Justiça a divulgação da pesquisa antes de sua divulgação, justamente por conta da estratificação, mas entenderam que não valia o desgaste.

O único que sai contente com o resultado é Odair Tramontin (Novo) que apresentou o maior crescimento

4 Comentário

  1. Pesquisa eleitoral no Brasil é igual a Papai Noel , todo mundo fala , mas ninguém vê . Jamais fui entrevistado por algum orgão da imprensa ou de pesquisa , e olha que ja passei dos 50 anos e sempre morei em Blumenau ….nunca ligaram na minha casa, nunca foram na minha cas , nunca me pararam na rua , ou seja, pesquisa eleitora é Papai Noel .

  2. Olá, Rubão!

    É qui tu não mora! Tu tisconde!

    kkkkkk…

    Na verdade, o eleitor blumenauense tem o salutar hábito de mentir nas pesquisas.

    Eu já fui entrevistado algumas vezes e SEMPRE engano os tadinhos dos entrevistadores.

    SEMPRE digo que o meu preferido é aquele que mais detesto!

    A minha querida esposa aprendeu comigo e se diverte!

  3. Eu participei de 2 entrevistas nessa eleição, as 2 por telefone e eletrônicas (não era uma pessoa do outro lado, eu tinha que escolher um número/opção). Mas não sei se foram as divulgadas na mídia ou se foram essas que os partidos contratam.

  4. Ao ler as pesquisas é preciso ver a TENDÊNCIA, pois quem lê a pesquisa muda de candidato na última semana para dar voto útil. Baseado na última pesquisa é seguro afirmar que muitos eleitores de Naatz e Alba vão pular no colo do Tramontin.

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