Os avulsos

Com cerca de 350 candidatos a vereador, que estão no guarda-chuva de uma das doze coligações majoritárias, que representam mais de 20 partidos, é difícil pedir fidelidade de todos candidatos à Câmara de Blumenau.

Tenho visto de candidatura descolada nesta campanha, com um e outro evitando usar material de divulgação casado e muito menos colar no candidato a majoritária.

E de todos os lados.

Estava há horas para escrever, mas depois do “print” que recebi não pude mais adiar. É do Vanderlei Valentini, candidato a vereador pelo PROS, deixando clara sua posição. O PROS, partido de Valentini, está na aliança da candidatura de Ricardo Alba (PSL) a prefeito.

O Valentini escancarou, mais muitos outros ou boicotam ou simplesmente se omitem com relação as chapas majoritárias. Deixando claro que o eleitor é soberano na sua escolha, podendo escolher um vereador de um partido e um prefeito de outro.

Por conta disso, candidato a vereador conversando com representantes de comitês do “adversário” eleitoral é mais comum que se imagina.

Uma boa mostra para exemplificar está na Câmara de Vereadores, com 13 concorrendo à reeleição, a partir de uma breve leitura das redes sociais e nos adesivos de carros circulando pela cidade.

O prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) herdou e manteve até começar a campanha uma confortável base de 11 aliados.

Em tese, desta base, três foram para a aliança com Kleinübing (DEM). Almir Vieira (PP) encampou a campanha do ex-prefeito, Oldemar Becker (DEM) tem na sua foto de capa das redes sociais a menção a JPK, mas Marcos da Rosa ( DEM) não. Ambos são do partido do candidato a prefeito e fazem uma campanha dúbia no que diz respeito a majoritária, não querendo entrar na disputa entre o “ex e o atual”.

Fieis ao prefeito, fazendo uma campanha casada, estão Alexandre Matias (PSDB), Sylvio Zimmermann (PSDB), Marcelo Lanzarin (Podemos) e Jovino Cardoso (SD).  Pelo menos nas redes sociais, não vejo destaque para a chapa majoritária na campanha de Zeca Bombeiros (SD).

Mesma coisa com relação ao vereador Cezar Cim (PDT), no guarda-chuva da campanha de João  Natel (PDT) e Professor Gilson (Patriota) na de Ricardo Alba (PSL). Na Internet não é possível identificar a chapa majoritária do Ailton de Souza, o Ito (PL), mas tenho a informação de que ele tem tem trabalhado a campanha do candidato Ivan Naatz (PL) nas ruas. Adriano Pereira (PT) tem feito campanha de rua ao lado da candidata Ana Paula Lima, mas evita expor a logo do PT nas redes sociais.

Bruno Cunha (Cidadania) é praticamente o responsável pela candidatura de Débora Arenhardt (Cidadania) e usa seus espaços para dar visibilidade a campanha dela, mas obviamente priorizando a sua.

PS: Depois que este post foi publicado, o Vanderlei Valentini nos procurou para dizer que aquela manifestação dele foi em tom de desabafo e pontual por determinada situação. Disse que já havia conversado com o candidato Ricardo Alba e que está tudo resolvido.

1 Comentário

  1. O que o senhor Vanderlei Valentini está informando é justamente o que TODOS os candidatos a vereador deveriam fazer.

    É tão lógica a sua atitude que até português burro entende…

    Se não, vejamos: uma das funções do vereador é fiscalizar os atos do prefeito.

    Como poderá um edil fiscalizar o prefeito, se durante a campanha o apoiou?

    De qualquer forma me parece que no caso em tela o problema é mais embaixo.

    Salvo melhor juízo, o candidato Ricardo Alba se acha o único espertíssimo, mas talvez esteja se esquecendo de que esperto demais se atrapalha…

    O senso comum diz que todos nós, políticos, somos ladrões.

    Pois bem: há que ter-se prudência, pois entre os ladrões as regras são respeitadas, sob pena de consequências inconfessáveis.

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