Os cinco anos de Mário Hildebrandt como prefeito de Blumenau

Foto: PMB

Nesta quarta-feira, cinco de abril, completa-se cinco anos que Mário Hildebrandt (Podemos) assumiu definitivamente a Prefeitura de Blumenau. Vice-prefeito, responsável pela secretária especial criada para cuidar das obras financiadas pelo BID, assumiu no lugar de Napoleão Bernardes, então no PSDB. Foi um evento que lotou o Teatro Carlos Gomes, para prestigiar Napoleão que sonhava em ser candidato ao Senado e parou como candidato a vice de Mauro Mariani e todo mundo lembra o que deu.

Nos oitos meses que restavam de 2018 foi mantida a espinha dorsal do prefeito que saiu. As mudanças mais importantes começaram em 2019, Naquele momento, Mário Hildebrandt imprimiu seu ritmo, ritmo que é muito comentado nos bastidores da Prefeitura e alvo de brincadeiras de muitos secretários e diretores. Dizem que o prefeito praticamente não tem vida pessoal, trabalha das 5h da manhã até 21 horas e cobra reciprocidade dos seus comandados.

Mário não tem o carisma de Napoleão, não tem o sobrenome de João Paulo Kleinübing (União) e nem a eloquência de Décio Lima (PT). Mas procurou se diferenciar de seus antecessores pelo trabalho. Adotou uma política feijão com arroz, sem muito arroubos, mas me arrisco a dizer que transformou a cidade num canteiro de obras, talvez o maior da história recente. E adotou como lema de campanha que obra boa é obra pronta, uma alusão a segunda ponte no centro da cidade, ligando a Ponta Aguda e a região central.

Suas obras, em diferentes bairros da cidade, melhoram a mobilidade da cidade, com algumas soluções criativas. A situação só não é melhor pois existe muito carro para poucas vias e algumas obras estão em curso, gerando inevitáveis problemas de transito.

Teve postura firme no combate ao Coronavírus, contrariando as teses negacionistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esta postura, aliado a uma política inteligente de comunicação, deu uma visibilidade a Hildebrandt que ele não tinha, garantindo uma reeleição relativamente tranquila.

Sua administração não é marcada por denúncias de escândalos ou de algo mais grave. A equipe de Governo tem o perfil do prefeito, sem nenhuma “estrela”, e precisa acompanhar o ritmo do líder, se não estão fora. Cobra resultados toda hora, centraliza o trabalho e, principalmente, a tomada de decisões.

Cinco anos depois de assumir e faltando 20 meses para deixar o cargo, Mário Hildebrandt quer deixar a marca de realizador. Sabe que, mesmo sem ser candidato, seu mandato será de alguma forma avaliado na eleição de 2024. Segue apostando no nome da vice Maria Regina Soar (PSDB) para ser sua sucessora.

Conversamos com o prefeito na tarde desta terça-feira e a entrevista você pode conferir aqui.

 

 

 

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