Estes dias, quando escrevi sobre a primeira (e provavelmente única) pesquisa eleitoral registrada em Blumenau, prometi avançar mais no tema.
Por que a pesquisa tem que ser registrada? É esta condição para que ela seja divulgada de forma pública, nos veículos de imprensa e nas propagandas eleitorais.
E quem pode registrar? Qualquer um, mas se registrou ela será pública e os dados estarão disponíveis a todos.
Normalmente, em outros pleitos, os principais grupos de comunicação contratavam institutos e publicavam no mínimo duas durante o período eleitoral.
São famosas as pesquisas do Ibope, contratadas pelo grupo RBS e divulgadas no Santa, Diário e RBS TV. Surpreendentemente não fizeram neste ano, apenas em Joinville e Florianópolis, sob o argumento de que não fariam em cidades com menos de 400 mil eleitores.
A RIC TV também sempre fez pesquisas eleitorais. Nesta campanha não estava previsto, mas registraram uma esta semana, pagando R$ 21 mil ao Instituto Mapa. A previsão é que publiquem segunda-feira.
Nestes tempos bicudos, o investimento para se fazer uma pesquisa amedronta os gestores do veículos de imprensa. É pouco provável que consiga trazer de volta para o caixa o valor investido.
O Informe Blumenau até esteve perto de fazer uma parceria com um instituto daqui, que iria bancar o investimento, com valores bem mais modestos e registraria para marketing próprio. Por questões financeiras decidiram, com toda a razão, puxar o freio de mão.
Qualquer partido ou coligação poderia também registrar pesquisas, inclusive estas que insistem em alardear a boca pequena. Se estivessem registradas, poderiam divulgar na propaganda eleitoral.
Por que não fazem ? No meu modesto entendimento, porque nenhuma das duas principais candidaturas tem convicção de estar bem a frente do adversário. Ao registrar a pesquisa, poderiam, em caso de números não positivos, tomar uma ré na propaganda do oponente.
Se, nos levantamentos internos das campanhas, apontasse folga para alguém, tenho certeza que já teriam registrado.
E assim estamos, num voo cego ou em voos induzidos por este ou aquele, sem saber os rumos da campanha. Eu, como tenho recebido muitos números dos dois lados ( Napoleão e Kuhlmann) e tive acesso a dois levantamentos de um terceiro instituto, não ligado aos dois candidatos, entendo que hoje, 21 de setembro, a eleição ainda está aberta.
Sem medo de errar, é possível estimar que de 20 a 30% do eleitor ainda não sabe em quem votará. Este eleitor, decidirá quem será o novo prefeito de Blumenau.
Poderia render também uma avaliação se acredito ou não em pesquisas e o impacto delas no eleitorado.Mas deixo para outra postagem.
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