É inegável a organização da Igreja Assembleia de Deus na ocupação de espaços na política, desde a esfera municipal até a federal, passando pela estadual. Há um projeto de poder em construção para defender as bandeiras que os pastores da Igreja entendem ser as mais corretas.
Em Blumenau, o expoente maior é o deputado estadual de terceiro mandato Ismael dos Santos (PSD), vereador por três mandatos na cidade.
Seu lugar na Câmara Municipal foi ocupado por Jovino Cardoso Neto (SD) a partir de 2005. Quando Jovino disputou a vaga de vice na chapa de Napoleão Bernardes na eleição de 2012, incentivou o ingresso de Marcos da Rosa, também membro da Assembleia de Deus, na carreira política. Marcos, que era assessor de Jovino, elegeu-se vereador.
Quatro anos depois, na eleição de 2016, Jovino e Marcos disputaram espaço e os dois foram eleitos, sendo que Marcos da Rosa foi o mais votado, mesma situação vivida por Jovino na eleição de 2008. Agora em 2020, uma terceira representante da Igreja foi eleita, Silmara Miguel (PSD), até então assessora de Marcos da Rosa. Junto com o ex-chefe e com Jovino, formam a bancada evangélica, ou melhor, a bancada da Assembleia de Deus na Câmara de Blumenau.
Quer dizer então que vão trabalhar em bloco, com unidade? Que nada, pelo contrário. A disputa por espaços é pouco religiosa – na Igreja e no Parlamento – e todos buscam seu quinhão, em especial, na Mesa Diretora. Tanto Silmara, quanto Marcos da Rosa e Jovino Cardoso querem fazer parte da estrutura, mas não há espaço para todos. E sabem que seus adversários políticos para voos maiores estão nos templos da Assembleia de Deus.
Quem vencerá?
Politica e igreja…..todos hipócritas e fariseus…
Religião e consenso é só até as 17 horas do dia da eleição, atingido o objetivo, acabou tudo. Como diz o prefeito :” Que Deus proteja nossas famílias. “
O Brasil está se transformando no Estado Islâmico dos trópicos.
A ignorância política é o grande mal da humanidade.
“Bancada evangélica” versão Blumenau. Que piada