A partir deste dia 7 de abril, é possível saber quem esta inscrito e por qual partido tem que estar registrado na Justiça Eleitoral para concorrer na eleição para vereador em Blumenau. Terminou o prazo para quem quer entrar em campo na eleição deste ano.
Muitos partidos se reforçaram, muitos desidrataram. A eleição será mais difícil e com a exigência de mais votos na relação com 2020.
A estimativa é que o quociente eleitoral fique entre 11.200 votos e 12 mil em 2024. O partido que chegar a este número, elege um vereador de forma direta. De acordo com os número da última eleição, apenas quatro partidos teriam ingresso direto. Podemos, NOVO, PSDB e PP. Só que na eleição de lá, mais de 60 mil eleitores que não compareceram.
Preenchidas todas as vagas diretas, começam as disputas pelas sobras, cuja os critérios são o partido atingir pelo menos 80% do quociente – entre 9.000 e 9.600 votos – e o candidato 20%, no caso, entre 2.240 e 2.400 votos.
Entre todas as siglas, na relação com quatro anos atrás, o PL é a que mais se reforçou, até porque na eleição passada o contexto era outro e tinha apenas um eleito, Aílton de Souza, o Ito.
Por conta da conjuntura nacional, do ex-presidente Bolsonaro, sai com a perspectiva de eleger o maior número de vereadores. Apostaria em dois, com espaço para três e até quatro, se observamos as regras da entrada por sobras eleitorais.
Tem três vereadores candidatos à reeleição. Aílton de Souza, o Ito, Jovino Cardoso Neto e Cezar Campesatto. Além disso, Professor Ramalho, que fez mais de dois mil votos na eleição passada pelo Republicanos e Dirlei Paiz, líder do movimento que contestava o resultado da eleição de 2022 em frente ao quartel de Blumenau.
O NOVO apresenta uma nominata com dois vereadores – Tuca e Diego Nasato – , dois suplentes que eram do PP – Vitor Íten e Elson Schultz – e alguns nomes que fizeram uma boa votação em 2020. Deve garantir dois vereadores, com possibilidade de mais um.
O PP, que elegeu o atual presidente da Câmara, Almir Vieira, tem nele seu carro chefe, mas trouxe também o colega Marcelo Lanzarin, que estava como secretário de Saúde e reassume no Legislativo. Perdeu dois suplentes importantes, mas reforçou-se com outros, como João Beltrame, delegado Rodrigo Marchetti, Ronaldo Régis e João Vale. É partido para eleger um até dois.
O PSDB e o CIDADANIA estão unidos em Federação. Bruno Cunha (CID) foi o mais votado de 2020, com quase 5 mil votos, e deve repetir o bom desempenho, assim como os tucanos Maurício Goll e Alexandre Matias. Elegem dois, no mínimo.
O PODEMOS foi a sigla que mais perdeu nomes. Mantém Cristiane Loureiro, terceira mais votada em 2020, com 3.124, mas perdeu cinco nomes importantes da nominata de 2020, cerca de 6 mil votos. Espera contar com votos de Guto Reinert e agrega o experiente Jens Mantau, o ex-reitor João Natel e o empresário Emil Chartouni, entre outros. O desempenho da sigla, a mais forte em 2020, é uma incógnita, mas deve emplacar um.
O MDB se reforçou bastante, se considerar 2020. Os secretários municipais Giselle Margot Chirolli e Valdecir Mengarda, o suplente Marciano Tribess, entre outros. Elege um, aposta em mais.
O PSD perdeu suplentes importantes, ganhou o segundo vereador. Não terá Rodrigo Marchetti e Eliomar Russi, mas contará com Carlos Wagner, o Alemão, junto com Silmara Miguel, vereadora eleita em 2020. Deve eleger um.
O UNIÃO BRASIL é outra incógnita, Tem o segundo vereador mais votado em 2020, Professor Gilson, mas não tem uma nominata com visibilidade. Deve eleger um, pela sobras.
O REPUBLICANOS é o partido liderado pelo ex-vereador Egidio Beckhauser. Ele fez mais de 2,7 mil votos em 2020, virou presidente da Câmara, mas foi cassado por conta de irregularidades na chapa feminina da sigla. Trouxe Eliomar Russi e outros nomes. É partido para eleger um pelo menos nas sobras.
O PT é outra incógnita. Fez apenas 6.809 votos em 2020, mas mesmo assim elegeu Adriano Pereira. Precisará melhor o desempenho para eleger um de forma direta. Adriano, candidato a reeleição, Jean Volpato, Marco André, Adriana Ross e Mário Kato (PCdoB, federado com o PT) são nomes lembrados. Elege um.
Esta é uma leitura rasteira das nominatas dos principais partidos, aqueles que tem chance de eleger vereador. Certamente esquecemos alguns nomes (até pelas nominatas não serem oficiais ainda) e não identificamos potenciais candidatos.
É uma leitura precoce do cenário. Não contabilizei partidos menores. E ainda pode de um partido desgarrar e eleger mais vereadores, com impacto nas vagas. Mas é a leitura deste começo de abril, seis meses antes da eleição.
Cada partido contou o máximo de candidatos só para trazer votos . Depois, bom , depois o eleitor já apertou confirma, nada mais interessa, só os cargos comissionados.
Porque é preciso se “fardar”para ser candidato?