Os candidatos Décio Lima (PT), Gelson Merisio (PSD) e Mauro Mariani (MDB) participaram do Diálogo com os Candidatos ao Governo de Santa Catarina, promovido pela FIESC na noite desta segunda-feira, 20, em Florianópolis.
Os três assumiram o compromisso de não elevar a carga tributária, caso eleitos, Receberam a Carta da Indústria, documento que consolida as principais demandas para o período 2019-2022 e que constituem subsídios para os planos de governo. A publicação foi elaborada com base em oito fatores estruturantes: educação, capital humano, saúde e segurança, inovação e empreendedorismo, infraestrutura, internacionalização, investimentos e mercado.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, disse que o Brasil tem uma carga tributária que inibe os investimentos e tira a competitividade da indústria. Abriu a rodada de perguntas aos candidatos e questionou que iniciativas eles pretendem adotar em relação à política de incentivo fiscal, que, maioria dos casos, foi concedida para viabilizar a competição das empresas instaladas em Santa Catarina.
Na opinião do candidato Gelson Merisio, diminuir incentivos fiscais é aumento de carga tributária. “Sou absolutamente contrário à redução do volume de renúncia fiscal. Sou favorável aos critérios de aplicação e à resposta que essas renúncias vão dar em termos de competitividade. Se a nossa política fiscal fosse equivocada como é apregoado, não teríamos, nos últimos dez anos, crescimento da receita duas vezes superior à inflação. A política dá ao empreendedor, especialmente de fora do estado, segurança jurídica. Portanto, não há que se mexer em contratos e normas no curso de sua execução. Há que se respeitar os protocolos. Para resumir: sendo governador, nenhuma hipótese de aumento de carga tributária”, afirmou.
Para o candidato Décio Lima, a renúncia fiscal tem que estar acompanhada dos interesses dos setores produtivos. “Tenho certeza que todos nós temos que estabelecer critério. Não é possível falar em renúncia fiscal e indução do desenvolvimento econômico e não dialogar com os empresários catarinenses. Não sou contra a renúncia fiscal, agora, ela tem que induzir o desenvolvimento econômico. Quero um modelo de descentralização, mas trazendo aqui para os senhores a responsabilidade da caneta para decidirmos juntos a renúncia fiscal. Não pode ser aleatório ao interesse dos setores produtivos. Sou favorável, mas que ela seja debatida e construída com os empresários”, disse.
O candidato Mauro Mariani destacou que a questão dos incentivos fiscais tem que ser bem compreendida. “Ela pode se dar num determinado momento até para proteger alguns segmentos da indústria. A renúncia fiscal para a indústria e empresas que venham aqui se instalar é um instrumento de desenvolvimento, de trazer setores que não existem no estado, de levar o desenvolvimento a regiões mais deprimidas que precisam de algum incentivo. É nesse aspecto que defendo uma política de renúncia fiscal justa, com critério e transparente. A indústria tem que ter esse benefício e não pode ser penalizada e perder a competição para outro estado. Ela pode ser um instrumento de desenvolvimento do estado”, disse.
Em relação à Carta da Indústria, o presidente da FIESC explicou que o documento é resultado de pesquisa realizada com indústrias, trabalhadores, sindicatos industriais ligados à FIESC, câmaras setoriais e temáticas da instituição e especialistas, parceiros e conselheiros. “A indústria tem papel preponderante em toda a cadeia produtiva de Santa Catarina, desde o consumo dos bens agrícolas até o fornecimento de bens e ferramentas para os serviços. Portanto, entendemos que a Carta da Indústria é feita de catarinenses para o desenvolvimento de Santa Catarina”, afirmou.
Fonte: Da redação, com informações da assessoria de imprensa da FIESC.
Porque somente com os tres candidatos , porque não chamaram os demais ?