Único vereador eleito pelo PSD em 2016, o vereador Professor Gilson não deve ficar na sigla para as próximas eleições. Aguardará o prazo da janela partidária – abril de 2020 – e encontrar uma legenda que seja viável para seu projeto e vice versa.
Professor Gilson não compareceu na última sexta-feira no encontro regional do PSD em Blumenau, que oficializou o deputado estadual Ismael dos Santos como presidente da sigla na cidade e não fez questão de esconder os motivos. Não concorda com a forma que o deputado quer para fortalecer o partido para as eleições do ano que vem.
O vereador defendia a vinda do colega Bruno Cunha, de saída do PSB, possibilidade construída com Napoleão Bernardes, mas o novo comando fechou as portas. Entende que a vinda de Bruno – que tem tudo para ter uma votação destacada em 2020, como em 2016 – pode afugentar eventuais candidatos a vereador.
É claro que há uma disputa de espaço no PSD de Blumenau, e, em tese, a preferência é de Ismael dos Santos, por ser a liderança mais representativa do ponto de vista do cargo que ocupa.
Conversei com o vereador Gilson duas vezes depois da reunião de sexta e ele se mantém firme na postura de deixar a sigla, “a não ser que as coisas mudem”, referindo a abertura de espaço para Bruno e outras lideranças.
Sobre seu destino, muito dizem que ele está de malas prontas para o PSL. Não deve acontecer, mas é inegável sua proximidade com o deputado Ricardo Alba, muito provável candidato a prefeito de Blumenau pelo partido de Jairo Bolsonaro.
O que não impede dele ir para uma sigla próxima de Alba.
Ele diz que está conversando com todos que o procuram, menos com partidos de esquerda.
Ele sempre condiciona seu futuro ao de Bruno Cunha – tornaram-se amigos e parceiros políticos na Câmara -, o que o afastaria de Alba, por questões conceituais do colega do PSB.
Mas na política, muitas vezes o pragmatismo define os caminhos. Não sei se será o caso.
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