Repercutiu bastante a postagem do Informe repercutindo a posição do vereador Emmanuel dos Santos, do Partido Novo de Blumenau. Alguns filiados e simpatizantes não gostaram, mas não tiro uma vírgula. O vereador preferiu associar o presidente Lula (PT) e o STF como os responsáveis pelos atos criminosos.
Mas o Presidente do Diretório do Novo na cidade, Edson José de Souza, me procurou, para dar a posição oficial do Partido sobre os atos de vandalismo praticado contra os prédios dos três poderes em Brasília, no último domingo. E com uma postura bem diferente.
A manifestação, nas redes sociais, começa dizendo que lugar de bandido é na cadeia e que quem invade e depreda patrimônio público ou privado precisa responder criminalmente. Faz a associação com a postura do partido com relação a atos do MST e MTST.
E os textos falam o que a democracia exige. Mudanças, se são para acontecer, precisam ser feitas por pessoas respaldadas por votos, via Congresso Nacional. É isso, simples assim.
O Novo diminuiu de tamanho na eleição deste ano, elegendo apenas três deputados federais contra oito em 2018, além do pífio desempenho do presidenciável Felipe d´Ávila, em comparação inclusive com João Amoedo. Mas garantiu a reeleição do governador de Minas, Romeu Zema.
Não creio que o Partido Novo seja capaz de se livrar dos reacionários que atraiu ao longo dos últimos anos. Esses indivíduos teriam cabido muito mais no antigo PSL, pois se acreditam liberal-conservadores, mas não tem ideia do que isso signifique, porque, no fundo, coadunam com a ideia de rompimento institucional – o que é algo impensável para um liberal-conservador de verdade. Isso me faz lembrar o falecido Olavo de Carvalho, que dizia que a direita precisava parar de mandar fechar o Congresso e o Judiciário e começar a ler.
Enquanto isso não acontece, continuarão encantados com um líder populista que também tem pouca instrução e se acham diferentes dos que prestam adoração ao Lula.
O que a política brasileira precisa é formar uma elite pensante de direita e não essa coisa sem pé nem cabeça, do indivíduo que só sabe ser esperto, falando aos seus eleitores, mas não é capaz de um gesto de coragem, de honestidade e senso republicano. Podia faze-lo medindo as palavras, ajudando cidadãos a entenderem como as coisas são. Mas pra isso, diria o falecido mago da direita: vai estudar primeiro – e que isso sirva aos eleitores desses representantes.
Reclamam dos políticos, mas os elegem com as demandas mais obscuras e antirrepublicanas.
Só acreditam em salvador da pátria, acusam uns de desonestidade, mas são coniventes com a desonestidade de outros e capazes de bajulá-los.
Como é que um vereador pode ser conivente com a bandalheira que fizeram em BSB?
Vá ter paciência com essa gente que não aprende nada de útil!