Pastor Dirlei Paiz deixa o presídio regional de Blumenau

O Pastor Dirlei Paiz (PL), preso desde o dia 16 de setembro do ano passado, foi solto na noite desta sexta-feira. Ele deixou o presídio acompanhado do advogado Jairo dos Santos.

Segundo o advogado, a determinação partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o mesmo que determinou sua prisão por descumprir as medidas cautelares, como o uso de redes sociais. Dirlei foi candidato a vereador e, mesmo preso, fez 1.795 votos.

A primeira prisão aconteceu em agosto de 2023, dentro dos inquéritos que investigam os atos antidemocráticos de 8 de janeiro daquele ano. Dirlei foi acusado de fazer parte de um grupo de WhatsApp chamado Festa da Selma, que organizava a viagem de pessoas a Brasília para participar das manifestações que culminaram com a invasão dos prédios dos Três Poderes e a depredação desses espaços.

Segundo Jairo dos Santos, Dirlei está livre e com todos os direitos políticos, civis e criminais preservados, ou seja, sem responder a nenhum inquérito e sem condenação nestes ou em qualquer outro processo. Vai poder ter de volta suas redes sociais, mediante o pagamento de R$ 5 mil, que vai acontecer na segunda-feira com a abertura do Fórum.

Ainda segundo o advogado, não vai precisar mais usar tornozeleira eletrônica, não tem restrição de horários e teve seus direitos políticos preservados. Como quarto suplente de vereador, pode assumir uma cadeira na Câmara e também ocupar cargos públicos.

O advogado fez um desabafo, afirmou que muitos desacreditaram seu trabalho, mas agora consegue o reconhecimento. Disse que a família de Dirlei recebeu pressões para trocar de profissional, mas que a postura da defesa foi fundamental para o resultado agora, com o fim do processo.

Dirlei Paiz foi uma das principais lideranças do acampamento montado em frente ao quartel do exército em Blumenau, que reuniu pessoas inconformadas com o resultado da eleição de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu Jair Bolsonaro (PL). Registros mostram ele fazendo a defesa da intervenção militar.

 

2 Comentário

  1. Então, livre de tudo, e foi preso porque então ?
    A Justiça no Brasil atualmente prende, coloca tornozeleira e depois anula tudo .
    E ainda tem gente que diz não ser perseguição política ?

  2. A Imprensa acreditou no advogado, pois esse mesmo advogado fez um acordo com a PGR de não persecução penal, já que os crimes cometidos e confessados pelo réu previam pena inferior a 4 anos. Acordo aceito pelo ministro Moraes. O réu tem que cumprir medidas alternativas e pagto de um valor. Se não cumprir poderá ser preso novamente! Veja decisões no https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=7025882
    Imprensa confia em QQ um?

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