A Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há indícios de que parlamentares, empresários e blogueiros possam fazer parte de uma “rede” voltada à “desestabilização” da democracia.
A PGR fez a afirmação no documento no qual pediu ao STF a deflagração de uma operação no inquérito sobre atos antidemocráticos.
A operação foi deflagrada na última terça, 16, e mirou aliados do presidente Jair Bolsonaro. Todos negam irregularidade.
Ao todo, 21 pessoas foram alvos de mandados de busca e apreensão e tiveram os sigilos bancário e telemático quebrados. Desse total, 10 são deputados e 1 é senador.
O que diz a PGR
Conforme o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, a rede é “integralmente estruturada de comunicação virtual voltada tanto à sectarização da política quanto à desestabilização do regime democrático para auferir ganhos econômicos diretos e políticos indiretos”.
Ainda de acordo com a PGR, os investigados se associaram para fazer propaganda em rede sociais de processos ilegais para alteração da ordem política ou social, bem como para incitar parcela da população à subversão da ordem política ou social e à animosidade das Forças Armadas contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.
O MPF apontou ainda que essa suposta associação dos investigados ocorreu mediante ameaça de cometimento de ações violentas contra representantes de poderes da União.
Abertura do inquérito
O pedido de abertura de inquérito foi feito pela Procuradoria Geral da República, e a investigação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A PGR apresentou o pedido após os atos de 19 de abril, nos quais os manifestantes pediram o fechamento do STF e do Congresso, pautas antidemocráticas e inconstitucionais.
Fonte: G1
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