Política e religião: a primeira visita do presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina

Fui um das cerca de 5 mil pessoas que acompanharam pelo Facebook a transmissão ao vivo da cerimônia de abertura do 37º Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora, em Camboriu, nesta quinta-feira, 02. Meu interesse era político, afinal foi a primeira visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao nosso estado e a primeira de um Presidente da República ao evento, considerado o maior do segmento evangélico do país.

É o maior encontro dos fiéis ligados a Igreja Assembleia de Deus, a que reúne o maior número de evangélicos no Brasil. Em Santa Catarina, estima-se que 12% da população ativa seja de fieis na Igreja, que tem forte articulação política, com representantes em diversos espaços, como o deputado estadual de Blumenau, Ismael dos Santos (PSD) e o vereador Marcos da Rosa (DEM). Mas a lista é muito maior.

Neste contexto, simbólico e não político, que Bolsonaro esteve pela primeira vez em Santa Catarina. Palavras como “milagre”, “orações”,”fé”, “missão” dominaram os discursos do presidente e de quem o antecedeu, em especial os bispos que conduziram a cerimônia.

Inclusive o cada vez mais político Carlos Moisés (PSL), governador de Santa Catarina. Em seu discurso, disse que a presença de Bolsonaro no encontro era um “milagre”, relembrando o episódio da facada que o então presidenciável ainda no primeiro turno da eleição.  Reconheceu que sua eleição para governador foi inusitada. “…vocês estão olhando para um milagre”, disse Moisés para a plateia, depois de relembrar como sua candidatura surgiu.

Referiu-se a “oração dos irmãos” para o seu sucesso e o de Bolsonaro.

O presidente estava em casa. Na hora de sua fala, conversou com um ex-pracinha das Forças Expedicionárias Brasileiras, de 98 anos, que foi prestigiá-lo. Depois entrou no campo religioso.

“Recebi um milagre, fui salvo pelas orações”, afirmou Bolsonaro ao atentado sofrido em Juiz de Fora, quando recebeu uma facada. Falou em “missão”, “defesa da família tradicional” e “fé”.

“Nos falta fé, acreditar que cada um pode mover o país”, dando um caráter divino para o que precisamos para o Brasil melhorar.

Para finalizar, usou o bordão “Brasil acima de todos e Deus acima de tudo”.

Saiu ovacionado!

 

1 Comentário

  1. Sim, oramos para que Deus dê um basta em tanta corrupção, injustiças, roubos, desvios na classe política, judiciária, militar, empresarial. Ele tem Seus meios!

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