Gilmar Tamanini,
CEO da Teclógica
Basta uma olhada rápida nas notícias do mundo corporativo para ver que a gestão de pessoas é ainda um grande desafio nos negócios. Porque empresas, acima de tudo, são formadas por gente que busca satisfazer sonhos, é movida por determinados objetivos e precisa estar constantemente motivada.
E então fica a pergunta: o que você faz para manter um time experiente, interessado e que quer, de fato, estar na sua empresa por vontade e não obrigação? Na área de tecnologia da informação, temos ainda na falta de mão de obra qualificada mais um motivo para nos preocuparmos com a gestão de pessoas. Segundo a consultoria IDC, em 2015 já faltavam 119 mil profissionais qualificados no setor.
E não há outra forma de motivar pessoas do que começar pela arte de ouvir e compartilhar. Afinal, o que faz o seu time estar às 8h da manhã na empresa, pronto para buscar novos resultados? Conhecer as pessoas com quem trabalhamos nos fez perceber que não importa a área de atuação, manter uma boa comunicação interna é essencial.
O que estamos entregando em contrapartida ao trabalho que recebemos todos os dias? Foi-se o tempo em que o contracheque no fim do mês era suficiente para garantir a permanência de um bom profissional. As pessoas querem ser ouvidas, poder falar, conhecer o que acontece em seu local de trabalho.
Em tempos de smartphones e conexão 24 horas, em que a informação está cada vez mais acessível, não se pode mais ignorar a comunicação interna. A tecnologia nos dá excelentes ferramentas para isso e, de quebra, proporciona a gestores e empresários um ganho imensurável: o sentimento de pertencimento da equipe. Porque quando um profissional está em um ambiente que preza por uma comunicação clara e transparente, sabe que faz parte daquele contexto.
Quando participamos de uma pesquisa interna de satisfação com metodologia da Great Place to Work, percebemos que os 81% de aprovação não vieram de graça. São resultado de um esforço coletivo, que visa criar dentro da nossa empresa um grupo de pessoas profissionalmente motivadas e pessoalmente realizadas.
Ouvir, falar e compartilhar é uma tríade que há muito tempo deixou de ser algo exclusivo aos discursos de consultores e coachings. Precisa, cada vez mais, ser parte de uma cultura interna engajada em motivar para crescer.
Porque o resultado de um negócio depende, e muito, do time que diariamente está atuando por ele.
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