Na semana passada, o Informe Blumenau analisou as características de uma eleição municipal, onde a prioridade do eleitor tende a ser o pragmatismo na escolha dos candidatos, mas observando que esta regra tende a ser quebrada no pleito de 2024 pela força do bolsonarismo em Santa Catarina. Leia aqui, se tiver interesse.
Do nosso ponto de vista, o eleitor precisa buscar dos candidatos respostas para alguns desafios de sua cidade. E definir as prioridades, sabendo que não é possível fazer tudo.
Vamos o pegar Blumenau como parâmetro.
Um exemplo claro. A municipalização do Complexo do Sesi é prioridade? Sempre vi como uma oportunidade, no contexto que tinha Carlos Moisés (Republicanos) como governador e candidato à reeleição como pai da proposta. Os eleitores votaram em outro nome para governador, e o eleito Jorginho Mello (PL) acena que até pode ajudar na compra, mas as melhorias e manutenção não estão num horizonte recente pelo Estado.
É prioridade do próximo prefeito, da próxima prefeita, este projeto?
E outras prioridades?
Uma questão importante vem do abastecimento de água e saneamento básico. Infelizmente a cidade convive com constantes rompimentos de adutoras, da incapacidade de lidar com a inevitável sujeira quando em cheias, a tal da turbidez e problemas recorrentes da falta de abastecimento nas casas de uma parte importante da população.
Blumenau avançou bastante no saneamento básico nas últimas décadas, mas, a distância, parece que são poucas obras de ampliação neste momento. Precisamos avançar.
E a coleta seletiva de lixo? Existe em quase toda a cidade, mas boa parte do material segue para a vala, ou melhor, lixo comum. A coleta é boa, o destino não. É preciso entender as circunstâncias e dar soluções.
E a saúde? O atendimento inicial é bom, é preciso avançar nos atendimentos em especialidades, exames e cirurgias e nas emergências dos hospitais, áreas que necessitam contrapartida do Estado. Independente da responsabilidade, são pontos para resolver, e o prefeito precisa liderar este debate.
O que os nosso pré-candidatos pensam?
Na educação, apesar das constantes dificuldades, o saldo atual é positivo, com perspectiva de avanços importantes.
Mas o que pensa o futuro gestor para os idosos, sabendo que esta população é a que mais cresce no mundo, com seus inevitáveis impactos sociais. E para os moradores em situação de rua, outro flagelo social?
Temos desafios na mobilidade urbana, mas entendo que muitas ações em andamento já geram e gerarão impactos positivos. Seria bom um debate sobre a escolha de uma prioridade viária para o futuro próximo.
Segurança é outro tema importante para o debate, apesar da responsabilidade constitucional ser do Estado. Depois do atentado a creche em Blumenau, os gestores se apressaram a colocar vigilância armada nas escolas. É a melhor solução? Não seria a hora de voltarmos a discutir, de forma efetiva, a criação de uma guarda municipal?
O Informe não tem opinião formada, mas, como muitos, gostaria de ouvir pontos de vista diversos sobre o tema.
Tem lazer, turismo, desenvolvimento econômico, manutenção urbana e tantos outros aspectos.
Nesta eleição, mais que um “mito”, o eleitor precisa procurar políticos que tragam luz sobre os desafiios da nossa aldeia.
“Bora” fazer o debate?
Precisamos eleger bons vereadores, já que são eles que na sua maioria deveriam fiscalizar o executivo. Não podemos é eleger vereador subserviente ao executivo, que só pensam em cargos comissionados, aumento salário em 31,50% e 13 salário. Precisamos eleger pessoas com dignidade e cumpram o que dizem e falam no juramento de posse.Muita atenção ao apertar o “Confirma” na urna, apertou, serão 4 anos, então pense bem e não reeleja quem nada vez ou fez muito para si.