Nos últimos meses, a possível pré-candidatura de João Paulo Kleinübing (sem partido) à Prefeitura de Blumenau em 2024 perdeu força, ou, digamos assim, diminuiu o ímpeto. Vale lembrar que no final do ano passado e no começo deste ano, Kleinübing se movimentava abertamente para consolidar o nome. Participava de eventos comunitários, conversava com possíveis cabos eleitorais, tentava reorganizar seu grupo político. Ele evitava falar abertamente, mas tinha muito interesse.
E, pelas circunstâncias da política, foi chamado pelo governador Jorginho Mello (PL) para presidir o BRDE, cargo de muito prestígio, ótima remuneração e pouca visibilidade. Aproveitou para deixar o seu partido, o União, sem necessáriamente precisar. Preferiu não arriscar interpretações sobre a lei das estatais e ficar livre para entrar num novo “time” para estar apto à disputa.
Desde sua indicação e depois a sua efetivação da vaga no BRDE, sinalizava que seu destino político estava nas mãos do governador. “Estou no barco do Jorginho”, afirmava, quando questionado se mantinha o interesse na pré-candidatura, deixando uma porta aberta para ser o candidato do PL e do governador, caso este entendesse.
Mas, mais recentemente, Kleinübing tem desmobilizado pessoas ligadas a ele, sinalizando que seu interese diminuiu. Eu já tinha ouvido falar que ele estava pesando bastante ir para disputa, por conta da questão familiar, não queria expor suas filhas e a esposa a mais uma campanha e os desgastes que trazem.
E Kleinübing, além de tudo, é pragmático. Sabe que seu nome é competitivo, mas também sabe que é um candidato com rejeição, em especial pelo impacto da Operação Tapete Negro, que mesmo não conseguindo provar nada contra ele, deixou um carimbo negativo na sua imagem.
Quer dizer que jogou a toalha? Não, político experiente como ele nunca faz isso. Mas, usando uma imagem do futebol, suspendeu o aquecimento e voltou para o banco. Caso seja chamado, pode voltar, mas não parece.
Melhor não voltar .