A vida não está fácil nem mesmo para cachorro. Até os patudos sofreram em 2021 com a escalada de aumentos nos preços dos produtos e serviços, uma das maiores que o Brasil já viveu desde a implantação do plano Real, em 1994. Se já doeu no orçamento das famílias um crescimento 8,24% de alimentação consumida no domicílio, número medido pelo IBGE, acredite: estudo da Fintech Olívia aponta que o custo da alimentação pet cresceu mais de 23,7% no ano passado. Em Blumenau, um levantamento feito pela Foster Pet Place segue a mesma linha e aponta que a inflação média do segmento pet pode ter subido quase 30%.
“Foi muito difícil segurar os ajustes feitos pelas indústrias e distribuidores. Reduzimos margens, apertamos o cinto e ainda assim parte do que subiu tivemos que repassar para os clientes”, relata Tarciso Souza, proprietário da Foster Pet Place. Ele também explica que não existe um índice oficial que mede a inflação específica do segmento pet. Por isso, a empresa anualmente elabora um estudo com todos os fornecedores para acompanhar, de maneira ampla, os movimentos dos preços.
O levantamento desenvolvido pela blumenauense aponta que os tutores tiveram que desembolsar mais para comprar itens relacionados a higiene e beleza dos patudos. Tapetes higiênicos, areias e granulados, shampoos, por exemplo, subiram 31,88% em média. Já os custos com medicamentos e toda parte de farmácia pet a alta dos preços girou em torno de 23%. Rações, alimentação natural, petiscos, conforme o estudo o reajuste médio ficou em 21,47%, sendo 26,97% para os alimentos da categoria premium e inferiores; 19,47% para os medicamentosos; e 17,96% para as linhas super premium.
A inflação média do segmento pet, na avaliação da Foster Pet Place, foi de 27,28%. Número muito próximo ao levantamento da fintech do grupo NuBank. Olívia aponta que o gasto médio mensal dos pais de cães e gatos em 2021 foi de R$ 208,28, com alta de 21,44%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 10,06%.
Fonte: Foster Pet Place
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