Prefeitos do Vale do Itajaí criticam bloqueios, mas poupam presidente Bolsonaro

Foto: OCP/Reprodução

Nesta manhã ouvi atentamente os quatro prefeitos do Vale Europeu no programa Alexandre José, na Rádio Clube. Ércio Kriek (União), Pomerode, André Moser (PSDB), Indaial, Kleber Wan-Dall (MDB), Gaspar, e Mário Hildebrandt (Podemos), de Blumenau.

Todos foram na mesma linha. Lembraram que votaram  no presidente Bolsonaro (PL), da votação expressiva que ele teve na região, defenderam a livre manifestação, mas condenaram a forma como estes protestos estão acontendo, com bloqueios e impedindo a população de ir e vir.

Todos, sem exceção, defenderam  a democracia. Não lembro de nenhum questionar a lisura do processo eleitoral.

Mas nenhum deles criticou a postura do presidente Bolsonaro, que ainda não se manifestou depois do resultado de domingo e não fez sinalização alguma para que seus simpatizantes encerrassem estes protestos. O prefeito Mário Hildebrandt chegou a dizer que não viu, em local algum, pedido do presidente ou de algum ministro para boquear rodovias ou de incentivo a estes protestos.

Ora, o prefeito de Blumenau sabe – tenho certeza que ele mesmo faria isso se fosse o caso -, assim como seus colegas sabem que bastaria uma manifestação de Bolsonaro para que este movimento arrefecesse ou terminasse. Bastava reconhecer a derrota, a lisura da eleição e pedir para a população voltar a rotina e não praticar violência.

Os prefeitos não falam, mas o presidente Bolsonaro é o único responsável pelo que acontece no país neste momento.

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