A Prefeitura de Blumenau respondeu nesta terça-feira, 26, o Parecer Administrativo da Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí referente à Revisão Tarifária Ordinária (RTO), que faz recomendações e sugere um novo valor da tarifa no transporte coletivo de Blumenau. Pelos cálculos da AGIR, a tarifa técnica ficaria em R$ 8,07, mas a administração municipal não concordou, sugerindo R$ 7,45.
Segundo a nota oficial, “a Prefeitura de Blumenau entende que o preço é impraticável”, referindo-se aos valores estimados pela agência reguladora e anunciou a manutenção do o valor atual da tarifa antecipada em R$ 5,30 e R$ 2,65 para estudantes. A tarifa embarcada, aquela que o usuário paga em dinheiro, subirá de R$ 6 para R$ 6,50.
A diferença entre a tarifa técnica e a cobrada pelo usuário será custeada pela Prefeitura. No começo deste ano, o Poder Público anunciou o repasse de mais de R$ 30 milhões para a Blumob, para compensar a diferença entre tarifas, situação que começou em 2020, com a pandemia e a queda no número de usuários e se manteve até agora.
A RTO está prevista em contrato e abrange levantamento de eventuais desequilíbrios econômicos e financeiros ocorridos a cada três anos da execução do contrato. Esta é a segunda RTO e segue ainda com reajustes relacionados à pandemia, que resultaram numa queda significativa de passageiros no sistema recorrente até hoje, entre outros fatores que impactam no valor final da tarifa apontado pelo estudo.
De acordo com o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), as projeções para o sistema público de transporte em 2024 são promissoras. “A prioridade do transporte coletivo sempre foi e sempre será o passageiro. Por isso, fizemos essa proposta que mantém a opção de deslocamento de ônibus viável e acessível ao munícipe. Nossas projeções para 2024 são boas em relação ao aumento considerável de passageiros. Isso graças aos diversos investimentos feitos em 2023, como a integração temporal, troca de ônibus em diversos pontos fora do terminal, com grande ganho de tempo nas viagens, além da aquisição de 10 veículos novos e 31 veículos rodando já com o sistema de ar-condicionado”. afirmou.
“O novo valor da tarifa embarcada, ou seja, pela decisão do usuário de pagar em dinheiro, também será complementada pelo município, reforçando que os custos do sistema de maneira geral compõem a revisão do aumento do diesel, queda de passageiros que ainda afeta o sistema desde à pandemia e os recentes investimentos feitos na frota. Mesmo assim, nosso objetivo é de não gerar prejuízos aos passageiros. Então encontramos uma alternativa que possibilite o equilíbrio e mantenha os passageiros no sistema”, explica o secretário de Trânsito e Transportes, Alexandro Fernandes.
Conforme previsto em lei, o novo valor entrará em vigor apenas após a decisão final da AGIR e dez dias úteis após a publicação desta decisão no Diário Oficial dos Municípios de Santa Catarina (DOM), prevista para janeiro.
No final, acabamos pagando do mesmo jeito.Quanto houve de repasse para a Piracicabarnes no último ano?