Presidente da ACIB critica situação da ponte do centro, transporte coletivo, BR 470 e corrupção

O presidente da Associação empresarial de Blumenau, Carlos Tavares D’Amaral, tem uma fala mansa, tranquila. Mas uma visão aguda da política, local e nacional. Foi o que demonstrou na entrevista para mim na Rádio Nereu Ramos nesta terça-feira, 4. carlos Tavares Amaral

Por conta de um pequeno atraso dele, a conversa começou sobre (i)mobilidade urbana em Blumenau. Amaral destacou a necessidade de se fazer a ligação Velha- Garcia, com túnel e não nas encostas, por conta dos risco de deslizamentos.

Conversamos sobre a ponte do centro ou “as pontes”. Criticou a atual administração de Napoleão Bernardes (PSDB), sem citá-lo: “Precisa de 4 ou 5 pontes, estamos discutindo uma”; ” Poderíamos ter feita a ponte no traçado original e o prefeito poderia ter feito um “belo” projeto ( no traçado proposto por ele durante a campanha) enquanto isso”; “quando fosse inaugurar a primeira, poderia lançar a segunda” foram algumas das expressões usadas pelo presidente da ACIB, que encerrou sobre este tema:

” seria um prefeito reconhecido pelo resto da vida”.

Sobre a crise no transporte coletivo, revelou uma conversa com o prefeito antes da declaração da caducidade do Consórcio Siga, em reunião na própria ACIB: “falaram que os ônibus do Siga tinham idade média de 12 anos e os que viriam emergencialmente tinham seis”. “Não é este transporte coletivo que a gente quer, a população merece mais, mesmo sendo transporte tampão, veio pior que se poderia imaginar”.

Acredita, assim como o Informe Blumenau, que o edital de licitação será “mais do mesmo”. Precisaríamos “pensar um pouco além, novos modais de transporte, contratar uma empresa especializada em mobilidade urbana”.

Falou que este será um tema que deve repercutir bastante durante a campanha eleitoral.

Sobre a conjuntura política nacional, Carlos Tavares D’Amaral também foi agudo. ” Estamos sem Governo, absolutamente sem Governo”, “esta incerteza política gera a incerteza econômica; ” Todo mundo dá um tempo, a economia então para”.

Acredita que o vice-presidente Temer (PMDB) tentará “de fato fazer um bom governo, segurar o gasto público”, mas lembra que o próprio Temer tem explicações a serem dadas, além de criticar algumas indicações, como  a de Romero Jucá (PMDB), também enrolado nas denúncias da operação Lava Jato.

Defende o prosseguimento das investigações e incluir o BNDES e a Caixa Federal: “passar de fato o Brasil a limpo, é uma roubalheira inimaginável, praticada por um partido político que tomou conta do país e montou um projeto de poder”.

Sobre a BR 470 e a possibilidade de suspensão das obras, aventada dentro do DNIT, tem dúvidas se o problema é falta de dinheiro, apontando para o imobilismo do país: ” o pessoal está arrumando as gavetas, indo embora”, referindo-se ao desembarque que deve acontecer na próxima semana

Defende a concessão como o caminho para a duplicação de toda a rodovia, mas desde que a União faça alguma parte, para que o preço do pedágio não fique inviável.

Garante que a ACIB prosseguirá a pressão junto ao novo governo Temer: “sentou na cadeira, estamos cobrando”, “…não podemos esperar mais 10 anos, 14 anos”.

 

 

2 Comentário

  1. Acib que representa só as empresas daqueles que fazem parte da diretoria, pq das demais esquecem! bando de hipócritas!

  2. Não fez a ponte porque a ACIB e os amigos dela lá da Ponta Aguda não deixaram. Acho muita cara de pau reclamar que o prefeito não fez, quando trabalhou fortemente para que ele não a fizesse.

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