Morilo José Rigon Júnior, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau – SINSEPES, ocupou a tribuna livre na reunião desta terça-feira (15) para falar sobre a Campanha Salarial dos servidores da FURB.
Ele explicou que a principal reivindicação da categoria é relacionada ao reajuste salarial, e que em assembleia do sindicato com a presença dos servidores foi formulado o pedido de 25,2% de reajuste. Disse que o valor corresponde somente à reposição da inflação acumulada desde início da atual gestão da reitoria em 2019, e que o último reajuste recebido foi em março de 2018. “Já são quatro anos sem qualquer incremento nos vencimentos. Pedimos só a inflação acumulada, sem ganho real”, frisou.
Disse que a proposta da gestão foi de 6% de reajuste, parcelados em três vezes, mais um vale-alimentação, inédito para os servidores da universidade. Os servidores decidiram aceitar o vale mas refutaram a proposta de reajuste por unanimidade, dizendo que está muito aquém da realidade. Apontou que no mesmo período os alunos arcaram com o reajuste nas mensalidades de 21%, mas os servidores não tiveram reposição. Comentou ainda sobre a redução no número de servidores, que eram 1200 no início da gestão e hoje somam 924 aproximadamente.
Afirmou que tudo se encaminha para a paralisação das atividades dos servidores da universidade na próxima semana, que dessa forma deixariam de prestar serviços públicos, em especial na área da saúde, aos cidadãos blumenauenses. Disse que a greve é um instrumento necessário quando estão exauridas outras possibilidades e que a gestão tem se mostrado intransigente, além de dificultar o diálogo com os servidores.
Ressaltou que os servidores estão operando no limite e que têm sua dignidade violada quando não tem as perdas salariais recompostas. Ao final, disse que se a gestão da universidade insistir nessa proposta que chamou de afrontosa, “no que depender do servidor, estará selado o cadafalso dessa gestão”.
Fonte: Câmara Municipal de Blumenau
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