Nesta quarta-feira, dia 14 de julho, às 9h30 da manhã, a turma da 8ª fase da graduação em Dança da Universidade Regional de Blumenau (FURB) lança o espetáculo de conclusão de curso intitulado “sub.LIMINAR”. O espetáculo é mais do que especial, pois marca também a formatura da primeira turma em licenciatura em Dança da Universidade e de Santa Catarina.
O coordenador do curso, professor Marco Aurélio de Souza, destaca que o curso forma professores artistas e pesquisadores.
“É a primeira turma da FURB e é a primeira turma do Estado de Santa Catarina, o que torna isso um marco super significante para a história da dança no Estado. Uma luta de anos para conseguir uma formação específica em dança está se tornando realidade”.
“Produzir um espetáculo por si só já é um desafio, no meio da pandemia acaba sendo muito maior. Por muitos momentos, lá no começo do semestre principalmente, as aulas tiveram que ser remotas. Aos poucos nós fomos voltando para a prática, os professores foram sendo vacinados, mas como demanda muita pesquisa, gerou uma certa angústia, por saber que não poderíamos estar presentes o tempo todo”.
Ele também salienta que o espetáculo é diferente dos moldes do que se costuma ver nas escolas de dança.
“Trouxe à tona várias questões da contemporaneidade, questões super presentes na vida dos acadêmicos e que com a pandemia acabaram sendo potencializadas, como a perda da visão, que está relacionada à perda de familiares, perda de pessoas queridas, perda de muitas possibilidades de envolvimento com a sociedade… e a arte acaba surgindo como esse lugar que pode, de certa forma, acalmar os corações e trazer uma relação consigo mesmo e com o outro, uma relação de empatia. Esse é um espetáculo bastante sensível porque traz novas formas de se pensar dança”, destaca.
O que pode ser entendido nas entrelinhas, os meios ou os fins? O título do espetáculo “sub.LIMINAR” é um jogo de palavras que compreende um estado de perceber-se, um estado de atravessamentos que amplificam as condições postas do ser humano. Ser este, que vive em embate com o seu tempo relógio, no seu caos diário anunciado e na busca constante por reencontrar-se em si e no outro.
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