O promotor público Odair Tramontin fez uma espécie de desabafo no seu comentário desta quarta-feira, 5, na rádio Nereu Ramos. Ele analisou as mudanças na legislação eleitoral, a campanha e os resultados.
Lá pelas tantas, falou sobre o desempenho eleitoral daqueles vereadores e suplentes eleitos em 2012, denunciados por ele mesmo, então promotor eleitoral, a partir de escutas da Operação Tapete Negro. Dos quatro que concorrem neste pleito, apenas Almir Vieira (PP) garantiu vaga, ele que foi o primeiro suplente em 2012. Fábio Fiedler (PSD), Robinho (PR) e Braz Roncáglio (PR) ficaram de fora, apesar de terem obtido boa votação.
Os quatro foram condenados em primeira instância e depois no Tribunal de Justiça, em Florianópolis, a partir da ação de Tramontin. Tiveram os mandatos cassados por cerca de um ano. Em Brasília, um juiz do TSE entendeu que eles não tiveram direito a “ampla defesa” e mandaram de volta a ação, para começar do zero.
Assim Fábio e Robinho reassumiram na Câmara. Almir e Braz voltaram para suplência. O Célio Dias (PR) também fez parte da denúncia, mas não teve seu mandato cassado e não concorre à reeleição.
No comentário na Nereu Odair Tramontin lembrou o caso: “reverteram no tapetão em Brasília”. “…isso evidencia que população é esclarecida, não se engana, não aceita modos e métodos antigos de fazer eleição. Fica aqui o registro para a história nós estávamos certos, a Justiça de Blumenau e Florianópolis estavam certas e que a decisão de Brasília foi desconexa da realidade dos autos”, finaliza o promotor, sobre o resultado eleitoral e sua ação de quatro anos atrás.
Parecia de alma lavada.
Todos deveriam ter o mandato cassado….três já foram…falta só um …
Sem entrar no mérito, soa estranho ouvir de um promotor que os envolvidos “ganharam no tapetão”. Afinal de contas, não foi a decisão de um tribunal superior? O que o promotor quer dizer com tapetão? Não entendi.
Parabéns, Professor Odair!
Orgulho-me em ter sido seu aluno.
Muito sucesso.