O ato de protesto contra a LGBTfobia em Blumenau está marcado para este sábado, 5, a partir das 10 horas em frente à Prefeitura de Blumenau. A saída da passeata será ao meio dia e segue até o parque Ramiro Ruediger. Delegações de seis municípios do estado já confirmaram presença, assim como lideranças políticas e de órgãos de defesa dos Direitos Humanos do estado de Santa Catarina.
A manifestação é uma resposta aos panfletos preconceituosos e anônimos fixados no Parque Ramiro Ruediger semanas atrás, assim como a retirada da população LGBT do Plano Municipal da Juventude, entre outras denúncias de violência e ameaças. O Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo e em 2022 Santa Catarina registrou aumento significativo nos crimes contra a população LGBT e contra mulheres, enquanto os números de homicídios caíram.
Os organizadores do manifesto formaram comissões setoriais para garantir que o ato seja realizado de forma pacífica, e também para que seja contundente na defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+ e suas famílias. A rota da passeata será acompanhada pela GMT e um carro de som vai amplificar as falas de dezenas de entidades que se uniram à ONG Mães do Amor em Defesa da Diversidade para apoiar as reivindicações que compõe a pauta do protesto.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Santa Catarina, Rodrigo Sartoti, já confirmou presença no protesto. Ele considera que “essa manifestação no próximo sábado é fundamental para chamar a atenção das autoridades e de toda a população sobre os atos de homotransfobia que foram registrados em Blumenau recentemente. Essa manifestação de sábado é uma importante forma de repúdio da sociedade blumenauense à LGBTfobia, que é um crime de ódio e que precisa ser devidamente punido.”
Para a presidente da ONG Mães do Amor em Defesa da Diversidade, a advogada Rosane Magaly Martins, coordenadora do protesto, “o ato é uma oportunidade de dar visibilidade às pessoas LGBT e ao movimento de luta por direitos e respeito. A busca pelo ideal de igualdade é uma conquista de toda sociedade, já que os direitos, quando negados a um grupo por sua orientação sexual e afetiva, abrem precedente para a subtração de direitos de outros grupos vulneráveis. Então o convite é para todos que acreditam na justiça, que são contra a violência e a discriminação.”
Be the first to comment