PSDB confirma Paulo Bauer e Napoleão, mas busca um parceiro para chamar de seu

E esta pode ser também a coligação dos sonhos do PSD, que vê seu principal aliado, o PP lançar a candidatura de Esperidião  Amin e seu candidato, Gelson Merisio, não decolar nas pesquisas.

O fato é que, na mais movimentada convenção realizada até agora, neste domingo, 29, o PSDB mostrou força, barulho e, parece, convicção. Cerca de três mil filiados, ouviram os líderes tucanos reafirmarem que não abrem mão da cabeça de chapa para Paulo Bauer e uma das vagas do Senado para o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes.

Mas o discurso de chapa pura ficou em segundo plano, pelo menos por enquanto. Na sexta, o partido e a própria deputada federal Geovânia de Sá comunicaram que ela não seria candidata a vice. Ou era um blefe do PSDB ou a ação da candidata à reeleição deixou as portas abertas para uma futura composição.

Mas com quem? Como os tucanos garantem não abrir mão da cabeça de chapa, resta encontrar parceiros que estejam dispostos a fazer o gesto, visto que todas as siglas já tem seus candidatos.

Esperidião Amin confirmou a candidatura no sábado na convenção do PP e tem como vice João Paulo Kleinübing (DEM). A recente convenção e o fato de Kleinübing ser de Blumenau é uma situação complicada dentro da geografia regional do eleitorado, não é comum ter dois candidatos de uma mesma cidade numa chapa majoritária.  Porém, não impossível, como desejam muitos blumenauenses.

O MDB fará sua convenção no dia 4, para, em tese, homologar o nome de Mauro Mariani ao Governo. Na chapa até agora, a deputada federal Carmen Zanotto (PPS) para vice e o colega Jorginho Mello (PR) para o Senado. O partido sempre teve proximidade com o PSDB e vice-versa, mas Mariani abriria vaga para Paulo Bauer?

E por fim, resta a candidatura mais fragilizada depois do últimos episódios, Gelson Merisio e o PSD. Apesar de todo o trabalho e a robusta aliança construída até agora com 10 partidos – que sofrerá mais baixas com a candidatura de Amin-, Merisio não decola e sofrerá pressões internas, em especial da principal liderança, o ex-governador Raimundo Colombo, preocupado com sua campanha ao Senado.