Conheço o empresário Rodolfo Souza Neto há bastante tempo, sem ter proximidade com ele. Sempre tive nele uma voz lúcida e coerente.
O “Alemão”, como é conhecido, é uma das lideranças que se insurgiu contra a Ponte do Centro proposta pelo prefeito Napoleão Bernardes (PSDB).
Enquanto um grupo se organizou em torno de um abaixo-assinado eletrônico, ele foi na Justiça. É dele que partiram as ações judiciais que circulam por aí, como aquela que suspendeu por algumas horas a licitação, concedida isoladamente por um conselheiro substituto no começo da noite de terça-feira e revertida na quarta a tarde.
Conheça a ação e os questionamentos feitos por ele em Ponte do centro tce.
“Foi a última maneira de chamar atenção da Prefeitura, para que reflita sobre as ponderações. Não coube a nós outra alternativa”, disse, em conversa por telefone.
O “Alemão” tem o estigma de estar reclamando por que o traçado proposto pelo prefeito passa em frente onde mora. Sim e é natural. Não diminui o teor dos seus questionamentos e suas atitudes. Por morar lá, conhecer a região e os debates em torno das “pontes” do centro, tem o aval para falar.
O que não significa dizer que ele tem toda razão. Mas não dá para diminuir sua posição frente a este tema, ele e outras pessoas contrárias a proposta da administração tucana.
Eu, pessoalmente e sem entender de engenharia de trânsito, nunca gostei da forma como foi concebida a proposta do então candidato a prefeito Napoleão em 2012, e no encaminhamento dado depois de cinco anos.
A Ponte planejada e debatida desde 2004, pelo menos, foi descartada a partir de uma jogada de marketing eleitoral. A proposta que a Prefeitura nos entrega é menor.
Por isso, respeito as atitudes de Rodolfo Souza Neto e de todos que se posicionam contra. Mas também entendo que perderam a hora, o “time”, deveriam ter se mobilizado com antecedência e não apenas depois do edital lançado.
Além do mais, Napoleão Bernardes foi reeleito em 2016 e com voto de muitos dos que protestam agora, entre eles o “Alemão”.
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