O Informe Blumenau tem sempre repetido que a percepção sobre debates é muito pessoal. Tem gente que acha que o candidato A foi melhor, outros consideram o B superior. Opinião é opinião. Mas, numa análise, é preciso também entender o papel e a perspectiva de cada candidato.
Escrito isso, para o Informe, o candidato do Podemos, Ricardo Alba, se saiu melhor no debate desta terça-feira, transmitido pela TVL, em parceria com o blog do Jaime e o portal Alexandre José. Sem compromisso com a liderança das pesquisas e com partidos, Alba repetiu sua tradicional eloquência em críticas à atual administração municipal e, por consequência, ao candidato que a representa, Egidio Ferrari (PL).
“Tirar esta cacalhada do poder, por isso Bolsonaro não vem a Blumenau, referindo-se às denúncias de corrupção, o delegado defende o governo mais corrupto da história, carreta de oito partidos, cabidão de empregos e preciso da Ana em Brasília e Egidio na Assembleia” foram algumas das expressões usadas pelo candidato.
Como era esperado, Egidio foi o mais visado, o que é natural. Representa a continuidade, conta com a maior coligação e lidera as pesquisas, argumentos usados por ele para se defender das críticas. “Estamos na frente das pesquisas, por isso as críticas dos partidos da esquerda e do Centrão. Blumenau não pode andar para trás , o perigo de entregar a cidade para despreparados”, afirmou no final de sua participação, afirmando haver um alinhamento entre os adversários.
Odair Tramontin também usou a referência ao “Centrão”, mas para referir-se ao candidato do PL, usando a mesma estratégia do debate passado. “Não é 22 contra 13, esta é uma eleição em que vamos escolher o cuidador da cidade. Este governo que está aí demanda mudança, é o candidato do sistema, do Centrão. De um lado temos duas candidatas de esquerda, vendedoras de ilusão; de outro lado temos o candidato do sistema, de um dos governos mais corruptos da história, e nós, do Partido Novo, temos uma gestão para resolver os problemas.
A deputada do PT, Ana Paula Lima, seguiu sua campanha paz e amor, com críticas pontuais à Prefeitura, lembrança de ações da gestão de Décio Lima de vinte anos atrás. Na abertura do programa, fez uma pergunta para Egidio Ferrari sobre o Minha Casa Minha Vida e ele pareceu estar desatento, pois saiu respondendo sobre programas sociais e não o tema do questionamento.
Por fim, a candidata do PSOL também teve um desempenho melhor em relação a outros debates, questionando Odair Tramontin sobre os ataques de um candidato a vereador pelo NOVO contra ela, associando a uma questão de gênero e foi pesada contra Egidio Ferrari, lembrando os programas dele sobre corrupção. “O senhor defende a lei e a ordem, mas sua coligação tem 28 prefeitos presos por corrupção, também tem um pastor tornozeleira preso ontem, tem corrupção no Samae, na Saúde, no Meio Ambiente, o senhor é muito forte para as pessoas fracas, pitbull para pobre, poodle para ricos.”
Este foi um resumo, uma visão do Informe, onde predominaram as críticas em vez de propostas, mais uma vez. Infelizmente, os debates eleitorais acabaram se tornando palco para isso e não para o confronto de ideias.
Uma arena onde o desempenho televisivo é mais importante. E neste item, o candidato Egidio Ferrari pareceu muito desconfortável. Ricardo Alba e Rosane Martins cumpriram o papel que lhes cabia e Tramontin e Ana acrescentaram pouco para suas campanhas.
E você, o que acha?
Candidata do PSOL: Nada com nada .
Candidata do PT : Nossa bandeira é verde,amarela azul e branca,em outro partido talvez teria mais chance.
Candidato NOVO: Boas ideias , mas sem oratoria , parece decorado .
Candidato do PODEMOS: No debate foi o melhor , soube argumentar bem , precisa apenas melhorar o vocabulario , não tem chance , mas no debate se saiu melhor .
Faltou nesse debate, discutir a mobilidade na nossa de Blumenau.
Este é o problema de maior relevância aos 100% da população .
Na nossa cidade de Blumenau.