Apoio político não se discute. Será?
Há cerca de 11 meses, o então governador Carlos Moisés (Republicanos) era ciceroneado pelas principais lideranças de Blumenau e do Vale Europeu, sendo cortejado por prefeitos, vereadores, e deputados. Muitos candidatos buscavam tirar foto do lado e ostentavam santinhos conjuntos.
Moisés ficou de fora do segundo turno e teve uma votação abaixo da expectativa da região. Com o aval do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, assumiu a presidência da sigla em Santa Catarina e se articula bastante, principalmente na região Sul. Deixa em aberto que pode ser candidato à Prefeitura de Tubarão, onde tem domicílio eleitoral.
Com a eleição municipal se aproximando, fico pensando quais prefeitos da região buscarão o apoio de Carlos Moisés e do Republicanos para os projetos eleitorais do ano que vem. Aposto que nenhum.
Independente de sua gestão, que só decolou depois da metade do seu mandato e com um plano que tinha um claro viés eleitoral, como o PIX – e aqui não é uma crítica, é uma constatação -, Carlos Moisés pagou nas urnas o preço de se eleger na onda bolsonarista e dar as costas ao bolsonarismo.
Como o recall do ex-presidente ainda é muito forte por aqui, imagino que os políticos vão querer distância de Moisés.
Acredito que ninguém vai querer o apoio dele , até porque não tem mais a caneta e político só se encosta onde consegue colher frutos .
Enquanto governador, os “urubus” viviam por perto para ver se conseguiam “beliscar” algo , mas fora do poder , os urubus fogem .