“Querem pregar o socialismo nas escolas”, diz vereador de Blumenau

Foto: CMB

Confesso que fico impressionado com a guinada para o espectro da extrema-direita adotado por alguns políticos do Partido Novo nesta nova fase da sigla. Pessoas esclarecidas, com acesso as informações, que disseminam mensagens que mais lembram o bolsonarismo raiz, como aqueles que acreditavam que a Terra era plana ou questionavam a eficácia das vacinas.

E, é claro, a máxima que o Brasil pode virar comunista, socialista, como a Venezuela e por ai vai. Isso nunca esteve na pauta e no contexto político desde a redemocratização do país, é só observar as políticas econômicas dos Governos do PT.

E o vereador do Novo de Blumenau, Emmanuel dos Santos, o Tuca, voltou com este discurso, ao criticar a posição do Governo Federal de encerrar o apoio ao modelo de escolas cívico-militares, num total de 216 pelo país.

“É sobre doutrinação! O Governo PT decidiu acabar com as escolas cívico-militares, pois nesse ambiente é mais difícil de empurrar o socialismo goela abaixo de crianças e jovens. Essa decisão vai na contramão dos indicadores gerais de educação, considerando que o desempenho médio dos estudantes de colégios cívico-militares é comparável ao de jovens de nações de primeiro mundo, que figuram entre as 20 melhores classificadas no ranking mundial do PISA.

As escolas cívico-militares apresentam resultados significativos sob os pontos de vista de desempenho acadêmico, disciplinar, psicológico e de envolvimento das famílias e da comunidade no ambiente escolar. Mexer no que está dando certo, da forma em que foi feito, só deixa mais claro o projeto de aparelhamento institucional da educação promovido pela esquerda! Só não vê quem não quer!”

Os dois parágrafos acima estão nas redes sociais do vereador. Em Blumenau, apenas uma escola segue o modelo federal, na Vila Itoupava, além de outra que é a administrada pela Polícia Militar, no centro. Com as afirmações, o vereador diz que as mais de 200 escolas que existem em Blumenau receberão “o socialismo goela abaixo”, o que me parece um desrespeito com os professores, diretores e profissionais que militam na educação na cidade e em todo o país.

Criticar a extinção do modelo – que permanecerá, segundo o governador Jorginho Mello (PL) e outros governadores, que prometem bancar os investimentos – é uma coisa, mas precisa de argumentos mais convincentes e não apenas retórica para ganhar “likes”.

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