Menos de três meses depois de Blumenau amanhecer com cartazes racistas e de intolerância religiosa, a Polícia Civil dá uma resposta a altura ao deflagrar a operação Hateless, que significa “Sem Ódio” em inglês. Mandados de busca e apreensão e conduções coercitivas foram realizadas nesta terça-feira, em Blumenau, Indaial e Itajaí.
Dois suspeitos de Blumenau foram conduzidos para a delegacia, um de 20 anos e outro de 28. O jovem confessou ter colado o cartaz no segundo episódio recente, registrado no centro da cidade. Ele tem tatuado uma suástica na perna.
Uma jovem de 18 anos de Indaial e dois homens de Itajaí estão entre os suspeitos e também prestaram depoimentos na delegacia. Todos foram liberados e responderão por crime de racismo e alguns deles por porte de armas.
A operação foi um clamor da sociedade, que cobrou das autoridades uma investigação célere por conta do triste episódio de 26 de setembro, quando apareceram, em uma rua no bairro Ponta Aguda, cartazes com teor racista. Nesta rua mora um advogado, negro, ligado ao movimento negro e ao candomblé, Marco Antonio Andre, relembre aqui.
Em seguida, outros cartazes racistas e neonazistas apareceram na cidade. Os dois fatos colocaram o nome de Blumenau nacionalmente de forma negativa.
O Informe Blumenau conversou com o advogado Marco Antonio André, vitima dos cartazes racistas que deflagraram a operação policial, leia aqui.
Uma bela surra de cinta, uma enxada para carpir e uns dois meses fazendo faxina no presídio
talvez eles parem de fazer besteiras .