Desde o tempo da RBS, agora NSC, o grupo que já foi o maior regional de comunicação do país não perde a pose. Depois de demitir mais de 10 profissionais no Estado nesta quarta-feira pela manhã, anuncia as mudanças dizendo que significa uma ampliação do conteúdo digital, como se estivesse dando um presente aos leitores.
O fechamento ou a diminuição das edições impressas era irreversível. Impossível concorrer com a instantaneidade da internet, por isso mascarar esta realidade através de uma estratégia de marketing reforça a empáfia dos dirigentes do Grupo NSC.
A mudança se dará a partir do dia 26 de outubro, com a produção diária de conteúdo direcionada para o portal NSC Total. Os três jornais – Diário Catarinense, A Notícia e o Santa passam a ser semanais, em formato de revista.
“Entendemos que a transformação na unidade jornais, que vem sendo elaborada há algum tempo, ocorre em momento oportuno, quando estamos saudáveis financeiramente, com cerca de 40 mil assinantes. Precisamos encarar de frente o desafio de transformar a NSC para que ela continue crescendo de forma consistente e seja ainda mais relevante para a sociedade catarinense”, disse o diretor Mário Neves para os funcionários que ficaram e tiveram que ouvir isso depois da demissão de colegas.
Em Blumenau, até onde sei, a redação ficou com quatro profissionais, o editor responsável, dois repórteres e um fotógrafo, além dos colunistas Pancho e Pedro Machado.
Nascido em 1971, o Jornal de Santa Catarina revolucionou o jornalismo impresso catarinense e surfou na pujança de Blumenau dos anos 80. Foi uma escola para grandes profissionais e fonte de referência para todos, sejamos nós jornalistas ou comunidade.
Boa tarde! Lamentável essa decisão da NSC! Acho que isso é uma falta de respeito aos assinantes do Santa, que como eu, sempre defendemos esse jornal!
Se o Presidente do Grupo se manifesta que “é preciso encarar de frente”, o melhor a fazer seria sair de costas…
Que tristeza. Trabalhei anos no Santa da RBS e fui muito feliz nessa fase da vida… Fiz amizades maravilhosas e sempre amei ler, tanto que mesmo aposentada trabalho com livros… Triste demais
Sou do ramo e sei das dificuldades, mas acredito que os jornais ainda eram viáveis e poderiam continuar em paralelo ao digital. Trabalhei no Santa nos anos de 1987 e 1988 e foi uma grande escola. Lamento profundamente isso. Espero que preservem o arquivo, que, segundo soube, já nem estaria mais em Blumenau.