Saúde pública de SC: renegociação e protesto

A terça-feira, 25, foi marcada pela manifestação do Conselho dos Secretários Municipais da Saúde em frente ao centro administrativo do Governo do Estado. Mas antes do protesto as tratativas já haviam sido acertadas.

As possíveis, não as necessárias.

Pela manhã, representantes dos gestores municipais reuniram-se com o secretário estadual da Saúde, João Paulo Kleinübing, da Casa Civil, Nelson Serpa, e da Fazenda, Antonio Gavazzoni. A secretária de Saúde de Blumenau, Maria Regina Soar, estava no encontro, ela que é vice-presidente do Cosems.

Foto: Eduardo Correia/Secom SC
Foto: Eduardo Correia/Secom SC

Ouviram a proposta possível. Pagar seis parcelas até o final do ano, duas no fim de outubro, duas final de novembro e duas meados de dezembro. Como o Estado repassou certinho em janeiro e fevereiro, ficarão quatro parcelas para 2017.

Para se der uma ideia, a dívida do Governo em Blumenau é de cerca de R$ 4,2 milhões, isso até setembro. O dinheiro que deve entrar até o final do ano é cerca de R$ 4,5 milhões. Mas ainda falta contabilizar os custos de outubro, novembro e dezembro.

Isso sem falar  na coparticipação no serviço de média complexidade, que estaria atrasado desde 2015. São cerca de R$ 1,2 milhão ano.  O Governo já manifestou que não tem como pagar.

Os dados foram repassados pela secretária Maria Regina. Ela lamenta a situação, mas pareceu entender a situação de penúria do Estado.

Também conversei com o secretário João Paulo Kleinubing. Ele disse que o Estado repassará aos municípios cerca de R$ 45 milhões até dezembro. Lembrou que Santa Catarina também sofre com o atraso de repasses da União, que seriam na ordem de R$ 300 milhões. O governador Raimundo Colombo já teria agendado uma entrevista com o ministro da Saúde, para tratar do assunto.

Falou ainda que é preciso criar uma política de financiamento para o atendimento de média e alta complexidade e lembrou a crise nacional.

“A conta não fecha”, finalizou.

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