Sebrae e fabricantes locais retomam trabalhos para registro de Indicação Geográfica da Linguiça Blumenau

Foto: divulgação

Na gastronomia típica local, nas lojas de souvenirs, nas festas regionais. Se tem uma coisa que não pode faltar quando o assunto é tradição germânica no Vale do Itajaí, é a Linguiça Blumenau. Produzida a partir de carnes suínas nobres, a iguaria ganha um reforço para ser reconhecida como um produto exclusivo da região. O Sebrae/SC, junto com fabricantes locais e as prefeituras dos cinco municípios (Blumenau, Pomerode, Gaspar, Timbó e Indaial) retoma o processo para garantir o registro de Indicação Geográfica (IG) ao produto.

Segundo o Ministério da Agricultura, esse registro é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer.

Conferido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o registro de Indicação Geográfica é um atrativo a mais para o reconhecimento de um produto e o consequente avanço econômico da região fabricante.

“Em Santa Catarina já temos este reconhecimento para alguns produtos, como os dos Vales da Uva Goethe, conquistado em 2012, e da banana da região de Corupá, em 2018. Para a região do Vale, onde a Linguiça Blumenau é fabricada, ter a IG será um importante passo para proteção, reconhecimento e desenvolvimento da produção local”, explica Aloisio Salomon, analista do Sebrae Vale do Itajaí.

A partir de agora, Sebrae e produtores passam a estruturar informações sobre o produto e a realidade local, que irá resultar na construção das características, processos e limitação territorial da Linguiça Blumenau. Segundo a entidade, a conclusão das ações de preparo e a obtenção do registro devem acontecer no fim do ano.

Além da linguiça Blumenau, outras regiões com produtos característicos estão pleiteando o reconhecimento de Indicação Geográfica. São eles: as ostras de Florianópolis; o camarão de Laguna; a cachaça de Luiz Alves, a banana de Luiz Alves, a maçã Fuji da região de São Joaquim, os vinhos de Altitude de Santa Catarina e o Mel de Melato de Bracatinga do planalto Sul brasileiro. No total, mais de 5 mil produtores catarinenses estão sendo impactados diretamente com a estruturação dessas IGs.

Fonte: Trevo Comunicação

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