Secretária Patrícia Lueders consolida força política junto ao Governador e é nome para a eleição de Blumenau

Como temos acompanhado, o PL, do governador Jorginho Mello, está com dificuldades de encontrar um candidato competitivo para a eleição à Prefeitura de Blumenau em 2024. Tem o deputado estadual Ivan Naatz, mas ele sinaliza que busca outro projeto.

João Paulo Kleinübing, que comanda o BRDE, parece estar diminuindo o ímpeto de sair candidato novamente, ele que concorreu em 2020 e foi prefeito duas vezes, de 2005 a 2012.

Especula-se, então, nomes de fora, como as deputadas federais Júlia Zanatta e Daniela Reinehr, mas é pouco provável que se constituam como candidatas, pelo menos aqui, elas que são do Sul e do Oeste do Estado, respectivamente.

O nome do PL pode estar sendo gestado na capital, mas é da cidade. Me refiro a secretária adjunta de Educação, Patrícia Lueders, peça chave numa das secretarias mais importantes do Governo Jorginho Mello (PL). Tem sido presença constante nos atos políticos recentes em Blumenau, muitos ao lado do governador ou representando o Estado.

Teve seu nome citado pelo governador no ato da semana passada no Salão Nobre da Prefeitura e retribuiu agradecendo a atenção dispensada por Jorginho a Blumenau. No último sábado, 2, nas celebrações do aniversário da Cidade, foi enviada pelo governador como sua representante, no evento em homenagem ao fundador no Mausoléu, no desfile cívico da Rua XV de Novembro. Na Vila Itoupava, na mesma tarde, discursou em nome do Governo no ato do corte da maior cuca do Brasil, onde foi ovacionada pelo público presente.

A cuca de Blumenau foi parar na mesa de Jorginho Mello, levada por Patrícia, na segunda-feira. Como a política é feita de sinalizações, é impossível dissociar o simbolismo que pode representar do ponto de vista eleitoral.

Seria uma novidade na política, uma mulher, gestora – foi a secretária de Educação mais longeva da cidade -, educadora e ex-Rainha da Oktoberfest, lá em 2003, que preenche um imaginário eleitoral perfeito para ser trabalhado, ainda mais com o potencial do 22 do PL por trás e o governador Jorginho Mello como principal cabo eleitoral.

Antes de nada, ela precisa querer.

Nesta terça-feira conversamos com ela, que disse estar feliz como secretária-adjunta e que pretende cumprir as missões que foram determinadas a ela na educação.  Nega conversa neste sentido e qualquer convite para filiar-se ao PL.

Patrícia é objetiva ao responder a pergunta. Não fecha as portas, mas não conversa sobre o que, segundo ela, não existe. Ainda, pelo que me parece.

Conversei com algumas pessoas, ligadas ao PL, ao governador e a Prefeitura.  Todas dizem que pode ser uma peça importante – uma jogada de mestre? –  no tabuleiro pré-eleitoral de Blumenau, por conta do perfil da candidatura.