Jorge Seif (PL) irá responder a uma ação de abuso de poder econômico durante a corrida eleitoral em Santa Catarina por uso indevido de aeronaves do empresário Luciano Hang, dono da Havan.
Acusações
Segundo a ação, o político usou recursos da empresa Havan durante a campanha. Além do uso de cinco aeronaves, há ainda gastos com combustível e contratação de piloto. O problema é que essas despesas não foram declaradas, de acordo com o documento. Isso pode configurar irregularidade, já que a lei eleitoral não permite doação de serviços ou bens de terceiros. O documento pede a cassação do senador eleito e que ele e Hang fiquem inelegíveis pelos próximos oito anos. Quem entrou com a ação no TRE foi a coligação Bora Trabalhar (PSD, União Brasil e Patriota), no último domingo, 18.
“Estamos requerendo aos órgãos de controle que indiquem horários de decolagem, pousos e trajetos. Seif usava a frota aérea da Havan irregularmente, já que não há registro da despesa em prestação de conta. Hang não era um mero apoiador. Ele foi mentor e padrinho da campanha”, disse Mauro Prezotto, advogado que protocolou a ação.
A Havan “nega veementemente as suposições levantadas e afirma que tudo não passa de narrativas que não se sustentam em fatos”. Seif ainda não se manifestou.
“Diversas despesas volumosas foram propositalmente omitidas da prestação de contas pelo candidato”, cita a ação, que será analisada pelo TRE em janeiro, após o período de recesso. É inequívoco o uso indevido da estrutura material e pessoal da Havan, de propriedade do empresário Luciano Hang, que é fervoroso simpatizante de Jair Messias Bolsonaro.
A participação de Hang na campanha, segundo a ação Luciano Hang declarou ter doado R$ 300 mil como pessoa física à campanha de Seif. As doações foram feitas em setembro, quando as contas do empresário estavam bloqueadas pela Justiça. Hang forneceu a estrutura da Havan para atender a campanha e cedeu empregados da sua empresa. A agenda da campanha foi divulgada em canais oficiais da Havan.
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