O Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau realizou assembleia geral na tarde desta quarta-feira, 15. Os trabalhadores, que estão em negociação salarial decidiram pelo Estado de Greve. O presidente do sindicato, Morilo Rigon, diz que a categoria ficou há três anos sem reajuste, entre 2019 e 2021, e que, apesar do reajuste em 2022 as perdas acumuladas chegam a 22,80%.
Ainda de acordo com Morilo, a Reitoria pediu adiamento da data base da categoria de março para junho e não formalizou proposta, alegando falta de recursos.
Confira a nota oficial do representante do Sinsepes.
Confira na íntegra:
O SINSEPES – Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau comunica que, em Assembleia Geral realizada na tarde desta quarta-feira, dia 15, no Auditório do Bloco J – campus 1 da FURB, os servidores da universidade deliberaram por iniciar o ESTADO DE GREVE da categoria, que está em negociação salarial com a Reitoria da FURB. Morilo José Rigon Junior, presidente do sindicato, destaca que a categoria permaneceu sem reajuste salarial por 3 anos consecutivos (2019-2021), tendo reajuste somente em 2022. Apesar do reajuste no ano passado, os servidores ainda acumulam 22,80% de perdas salariais históricas, geradas especialmente nos últimos quatro anos de gestão da reitora Márcia Cristina Sardá Espíndola, reeleita para novo mandato. Para este ano, a Administração Superior da FURB pede o adiamento da data-base da categoria de março para junho em 2023, sem formalizar qualquer proposta de reajuste salarial e recomposição das perdas.
Em ofício, a Reitoria da FURB alega não dispor de recursos para a negociação neste momento, nem mesmo para reajuste com base apenas no INPC ou do índice já previsto e aprovado no Orçamento Anual da Universidade. A solicitação de alteração da data-base para junho de 2023 se justifica pois no final deste primeiro semestre a Reitoria poderá ter uma visão mais clara do comportamento das despesas e principalmente das receitas da universidade, onde a FURB aguarda parecer positivo acerca do programa de bolsas do governo estadual o qual deverá influenciar positivamente no crescimento do número de estudantes na instituição.
As negociações ainda estão abertas, mas devido ao quadro de insatisfação dos servidores, a assembleia encaminhou por deflagrar o ESTADO DE GREVE. Na próxima semana, no dia 23 de março, o Conselho Universitário deve apreciar a matéria e deliberar sobre o reajuste salarial dos servidores da FURB. Nos últimos quatro anos da atual gestão, as mensalidades dos estudantes foram reajustadas em aproximadamente 31%, enquanto os servidores receberam apenas 10,24%. Para este ano, as mensalidades sofreram reajuste de 8,2%, porém não houve qualquer proposta de reajuste dos vencimentos dos trabalhadores. Quanto ao reajuste do vale-alimentação, a resposta recebida pelos servidores foi de que, em 2023, diante da falta de recursos financeiros não existe a possibilidade de reajustar este valor. A depender do resultado da sessão plenária do conselho na próxima semana, não está descartada a paralisação das atividades na universidade ainda no mês de março.
Att.
Morilo José Rigon Junior
FURB deveria ser passada a iniciativa privada , acabaria com os cabides de emprego e a bagunça .