Servidores do gabinete do vice-prefeito são ouvidos na CPI

Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau

Algumas observações são interessantes da 15ª reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o vice-prefeito Jovino Cardoso Neto (PSD), realizada nesta quarta-feira, 20.

Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau
Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau

Foram ouvidos, como testemunhas, sete servidores públicos municipais lotados no gabinete do vice.

Essa é a primeira observação. Como tem gente na estrutura do gabinete!  Além dos sete ouvidos, tem mais três que não puderam comparecer ( Alexandre Pereira, o pivô da investigação, já foi ouvido) e dois estagiários.

12 pessoas prestam serviço para o gabinete do vice-prefeito, pagos com o dinheiro público. A maior parte de comissionados, mas não sei dizer quantos.

Outra observação  foi a presença de quatro advogados. Dois acompanhando a sessão como observadores e dois trabalhando de fato.

Carlos Roberto  Pereira, com escritório em Gaspar, se apresenta como defensor oficial de Jovino Cardoso Neto. Já Dênio Scotini, ex-procurador jurídico da Câmara e com trabalho para vários políticos no seu currículo, assessora boa parte dos servidores e também Alexandre Pereira e os familiares dele. No minimo dez clientes.

Deve estar ganhando na quantidade. Dênio Scotini nega ser advogado de Jovino Cardoso Neto.

Vale lembrar que Scotini foi beneficiado na última terça-feira com um Habeas Corpus, protocolado pela OAB na defesa da prerrogativas dos advogados e acatado pela Justiça.  Evitou assim passar pelo constrangimento da última sessão, quando o relator Jefferson Forest (PT) pediu a prisão dele por um suposto desacato.

Outra observação minha foi sobre a linha de raciocínio do vereador Jefferson Forest.

Não sei se tem suspeitas sobre, mas inquiriu todos servidores em quatro direções: sobre as atividades exercidas no gabinete, uma eventual viagem do motorista “oficial” para fora de Blumenau, um eventual repasse de parte do salário deles para o vice-prefeito e  ainda sobre as atividades do colega servidor Alexandre Pereira. Todos depoentes tinham registros da presença deles na Prefeitura, seja pelo cartão ponto, catracas ou outro mecanismo. Jefferson fez questão de deixar isso evidenciado, para contrastar com a falta desses registros por parte de Alexandre Pereira.

A primeira parte da CPI chega na sua reta final, faltando ainda ouvir duas pessoas importantes. O motorista “oficial” do gabinete, em férias sem que a Comissão consiga achá-lo e Jovino Cardoso Neto.

O vice-prefeito deverá falar na próxima sexta-feira, 22. Ou não. Talvez a estratégia seja a do silêncio, mas confesso que ficou curioso em ver Jovino Cardoso Neto calado sendo inquirido por Jefferson Forest.

E a última das observações. É uma CPI de dois vereadores. Jefferson Forest faz as perguntas. o presidente Fábio Fiedler (PSD) faz a abertura e o fechamento e fica ali para apartar as confusões. Jens Mantau (PSDB) e João Beltrame (PSC) compõe a moldura.

Robinho (PR), líder do governo, nem deu as caras hoje.

 

6 Comments

  1. Piada é o que o vice-prefeito faz com nosso dinheiro. Mas como fiz o juiz Sérgio Moro: “Isso não vem ao caso”. Negócio é chacotear o acusador, já que ele é do PT.

  2. O Vice Prefeito pode alegar que o sítio é de um amigo , que vai lá só para descansar . Já temos prova que isto funciona , ou não ?

  3. “linha de raciocínio do vereador” ele tem? outro preocupado com o que o vice fez com nosso dinheiro, (formiga) e critica o MORO que esta atras do elefante

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