Sistema Busca Ativa obtém mais de 34 mil visualizações de interessados em adoção no estado

Foto: Divulgação/TJSC

“Quando chegarmos à marca da primeira adoção em Santa Catarina encaminhada através do Busca Ativa, isso já vai ter valido todo o esforço do projeto, na medida em que foi uma vida que a ferramenta conseguiu mudar”. Esta é a reação de Rodrigo Tavares Martins, juiz-corregedor do Núcleo V do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, ao comentar a expectativa que tem sobre as 10 crianças e adolescentes que hoje se encontram em estágio de convivência, momento que antecede a adoção efetiva.

O Busca Ativa é um sistema concebido a partir da base de dados do Cuida (Cadastro Único Informatizado de Adoção e Abrigo, do TJSC), lançado há nove meses e inspirado na experiência do Ministério Público do Rio de Janeiro no projeto “Quero uma família”.

A ideia é apresentar essas crianças e adolescentes aos pretendentes à adoção. Por meio de um cadastro na internet, eles podem acessar fotos e vídeos das crianças e, caso queiram conhecê-las, podem contatar a assistente social para intermediar essa aproximação. “O objetivo é dar visibilidade para que tenham chances de adoção”, explica o juiz-corregedor. Segundo dados da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), atualmente há 1.384 jovens em abrigos do Estado, com 366 aptos para adoção. Entre esses abrigados, 878 têm entre oito e 18 anos de idade, ou seja, possuem pouca perspectiva de adoção, já que a maioria dos pretendentes ainda opta por crianças menores.

No ano de 2018, a partir de seu lançamento em agosto, o Busca Ativa recebeu a visita de 266 pessoas diferentes, que visualizaram 15.293 vezes a página de alguma criança, vendo imagens e informações, com 67 manifestações de interesse. Já em 2019, decorridos cinco meses, o sistema já teve o acesso de 190 pessoas, com 18.935 visualizações. Até aqui, o Busca Ativa apresenta um total de 34.228 visualizações, com 201 pessoas que manifestaram interesse.

Hoje, em Santa Catarina, estão no estágio de convivência uma menina de 17 anos; um menino de sete anos, com paralisia cerebral; um grupo de três irmãos – de 12, sete e cinco anos; outros dois irmãos – de 12 e 14 anos; e ainda um grupo de três irmãos – oito, 10 e 12 anos de idade.

Depois de lançado esse sistema de busca na internet com cerca de 50 perfis publicados para adoção, “a segunda etapa do projeto é melhorar a qualidade dos vídeos e fotos, aprimorar as técnicas de abordagem, já que se trata de uma produção especial de imagens, de um olhar muito diferenciado e cuidadoso”, comenta Rodrigo. “Trazendo esses enriquecimentos temos a expectativa de chegar às adoções, que servirão de estímulo às demais pessoas que pretendem encontrar seu filho e realizar o sonho da maternidade ou paternidade”, conclui o juiz-corregedor.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*