Traçando caminhos

Os movimentos de quem está no tabuleiro eleitoral tem efeitos práticos ou são carregados de simbolismo e recados.

Alertado pelo colega Evilásio Vieira Neto, fiquei sabendo da visita do prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), para o colega Napoleão Bernardes (PSDB). Ele gravou com Udo, em entrevista que deve rodar nesta quarta-feira na Rádio Clube.

O encontro foi nesta terça-feira, 13.

Segundo Napoleão, Udo ficou cerca de duas horas e meia, entre 10h e 12h30. O tucano destacou a afinidade das duas administrações, incluindo Jaraguá do Sul numa sinergia administrativa regional. Mas admitiu que o tema foi uma análise de conjuntura eleitoral.

‘Ele está disposto a participar do processo”, disse, referindo-se ao encontro.

Udo Dohler tem o mesmo dilema que Napoleão. Sem garantias de vaga em chapa majoritária, terá que largar o mandato que assumiu há apenas 14 meses no dia 7 de abril. Assim como o colega tucano.

São nomes fortes, mas não estão na linha de prioridade de seus respectivos partidos, leia-se, os caciques. E correm o risco de tomar uma rasteira nas respectivas pretensões, por conta de alianças de última hora.

São quatro vagas na majoritária nesta eleição, mas dependendo da aliança, muitos partidos emplacarão apenas um nome. Com um cenário assim, as chances de Napoleão e Udo diminuem bastante.

Em tese, é claro.

A visita de Udo foi para demarcar território e avaliar reações. Faltam 24 dias para a batida de martelo.

O prefeito de Joinville e Napoleão Bernardes passam o recado, principalmente para cúpula do MDB e PSDB.

Querem estar no jogo.