O diretor da secretaria de Gestão Governamental da Prefeitura, Sergio Chisté, ex-interventor do Consórcio Siga , questionou alguns dados apresentados pelo proprietário da Glória, José Eustáquio Urzedo e os gestores da empresa, em reportagem aqui do Informe Blumenau.
Chisté garante que os gestores não deixaram dinheiro para pagar 35 % dos salários de outubro (pagos em novembro) e muito menos R$ 412 mil em caixa, como afirmaram os responsáveis pela empresa. “Tinha R$ 130 mil quando fizemos a intervenção”, aponta Chisté.
Admitiu que a Prefeitura tinha conhecimento da falta de pagamento de 27 ônibus por parte da Glória. ” Estavam atrasados desde agosto”, afirmou o ex-interventor, dizendo que sabiam do problema, mas não que a Justiça iria recolher os ônibus, como de fato aconteceu no dia 4 de dezembro. Também reconheceu que Jardel Range , o ex-interventor da Glória, e portanto o Poder Público, recebeu um e mail do banco Volkswagen no dia 23, propondo a renegociação da dívida em atraso.
Com isso, cai por terra a tese que a Prefeitura desconhecia o problema. No mesmo dia da conversa que tive com Sérgio Chisté, nesta quarta, 8, ouvi parte de uma entrevista do presidente do Seterb, Carlos Lange, na rádio CBN: “Fomos surpreendidos”, “diante da surpresa da ação do Poder Judiciário”, foram duas expressões usadas pelo responsável pela autarquia. Como assim ?
O ex-interventor do Consórcio Siga disse que a apreensão dos ônibus não tem relação alguma com o fim da intervenção física, anunciada na noite de sexta, 4, horas depois da ação judicial. Garante que já estava tudo programado para acontecer naquele dia.
Mantenho a linha de pensamento original. Acreditando que já houvesse esta intenção, houve falta de sensibilidade, para ficar em um termo mais brando. Determinar o fim da intervenção durante a noite, no dia que 27 ônibus foram recolhidos pela Justiça e com a possibilidade clara de uma greve no serviço (os trabalhadores haviam anunciado paralisação geral para segunda, 7, por conta da não assinatura da convenção coletiva por parte da Glória), não me parece a atitude mais correta por parte de gestores públicos.
E por fim. Não vejo má intenção nos administradores municipais envolvidos na intervenção, pelo contrário. Entendo a complexidade do problema, que eles puderam perceber por dentro. Corajosamente meteram a mão na caixa preta do sistema, geraram uma expectativa positiva e do nada, deixaram o barco.
Sim, eu sei que a intervenção prossegue, agora na comissão criada via decreto do prefeito. Tomara que tragam, em um curto espaço de tempo, uma solução racional e definitiva.
Tudo que envolve o SIGA esta muito nebuloso, declarações divergentes , falta de informação, intervenção de faz de conta , existe algo e que ninguém quer que venha a tona , salvo engano, pois esta tudo muito confuso . Porque o Sindetranscol não apóia os vereadores de oposição no pedido de CPI ? O que não querem que venha a público ? Tudo isto esta ocorrendo em virtude do SETERB ter sido omisso desde 2012 , basta ver as promessas de campanha do atual prefeito em relação ao contrato de concessão . Falta transparência , por isto que o CGU deu avaliação de 4,17 em uma analise que vai de 0 a 10 sobre transparência .
Tem muita gente que fala demais, prega teoria da conspiração e não prova nada. Parece que todo mundo entende de transporte coletivo e de administração pública ou privada. É muito fácil falar. É a mesma coisa que fizeram os proprietários da Glória. Deixaram atrasar salário várias vezes, por consequência deixaram a população a pé e depois foram cobrar do poder público.Mas não tem vergonha de dar entrevista apontando o dedo para os outros. Está tudo virado.
O comentário do Sr. João Amado esta correto, parece que todo mundo entende de transporte coletivo e administração pública . Infelizmente quem deveria entender como o SETERB que tem a obrigação de fiscalizar a concessão, nada fez , por isto chegamos na atual situação .Teoria da conspiração existe somente quando os fatos que deveriam ser expostos de forma transparente não são efetuados. Qualquer coisa pública tem que ser transparente , mas infelizmente sabemos que é bem ao contrário , basta acompanhar o processo Tapete Negro , Lava Jato e tantos outros.
Quem tem que provar os fatos são os administradores públicos , a população cabe cobrar transparência e seriedade , apesar que esta prerrogativa deveria ser da Câmara de vereadores , mas com 11 vereadores na base aliada , tudo acaba em pizza em Blumenau .
Posição da CGU sobre as exigências da lei
de acesso a informação (transparência ) e
Blumenau ocupa a 14 posição , com 4,17
na escala EBT , que vai de zero a dez .
Alguém vai argumentar que Blumenau esta
a frente de Joinville e Criciúma , como se
isto fosse desculpa para estar em uma
posição tão desconfortável . Talvez nossos
gestores devam fazer estagio nas seis
cidades que possuem acima de nove na
escala EBT , assim os blumenauenses
poderiam acompanhar melhor a administração
pública . Não é questão de olhar para o copo
meio cheio ou meio vazio, são dados da CGU,
e se temos cidades com posição muita acima ,
é porque é possível ser transparente , basta
querer , não SIGA os maus exemplos .