Tudo em casa na Polícia Federal

O xará Alexandre Ramagem, cotado para assumir a Chefia da Polícia Federal, é delegado na Polícia Federal desde 2005, quando ingressou na corporação. Já ocupou postos de destaque, entre eles a coordenação de eventos como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada de 2016 e a Rio+20.

Em 2018, Ramagem assumiu a segurança do então candidato a presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, depois do atentado a faca em Juiz de Fora, em setembro, o que o aproximou do presidente eleito e dos filhos dele.

Em julho de 2019, Ramagem estava na direção da ABIN, a agência de Inteligência do país, mas já tinha trabalhado com o ex-ministro Santos Cruz, chefe da Secretaria de Governo na gestão Bolsonaro nos primeiros meses do mandato.

Tem predicados para estar onde está, mas a revelação feita pelo agora ex-ministro Sérgio Moro, que o presidente estava tentando interferir na autonomia da Polícia Federal fica evidente depois do que se soube neste fim de semana, com a lavação de roupa pública entre ele e Bolsonaro.

Uma foto nas redes sociais da vida mostra a proximidade entre o novo diretor geral e Carlos Bolsonaro, que, confirmou-se neste sábado, está sendo investigado pela PF no inquérito aberto a pedido do STF para investigar a disseminação de notícias falsas pela Internet.

Para piorar, o novo ministro da Justiça tem tudo para ser Jorge Oliveira, também próximo da família, leia aqui.

Alguém aqui, em sã consciência, acredita que uma coisa não tem relação com outra?

Imagina o que não sabe o ex-juiz Sérgio Moro para sair do Governo no meio desta pandemia.

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