O governador Carlos Moisés (PSL) merece todos os tipos de críticas no que diz respeito as denúncias sobre a mal explicada compra dos respiradores e do finado hospital de campanha.
Também sobre o modo que resolveu conduzir o combate ao Coronavírus, sem diálogo com deputados, prefeitos e lideranças.
E ainda pode ser criticado pelas radicais medidas de isolamento, SC foi um dos primeiros nesta postura, apesar de que neste quesito entendo que o governador agiu bem, de forma firme.
Está na vida pública, toma decisões que afetam todos, portanto é passível de receber qualquer tipo de questionamento.
Qualquer não. É preciso limites.
No esgoto da Internet, circula um vídeo pedindo o impeachment do governador. Até aí tudo bem, pedir impeachment faz parte da política brasileira, vem desde o “Fora FHC”. Por duas vezes na história recente pós ditadura – Collor e Dilma -, deu certo.
Este vídeo, com as pessoas de máscara que se intitulam de extrema-direita, uso de mentiras, ilações irreais e proximidades que não existem pintam Carlos Moisés de um jeito que ele não é.
Parte do núcleo que, certamente, ajudou a eleger o bombeiro candidato, no tsunami 17 da eleição de 2018, está contra ele e é daí que partem os ataques mais agressivos e da cintura para baixo.
Este vídeo que compartilho está nos grupos de whats e no Facebook do deputado estadual Jessé Lopes, do PSL, mesmo partido do governador, mas hoje na tropa de choque contra Carlos Moisés. O mesmo parlamentar que vira e mexe faz pronunciamentos machistas que envergonham Santa Catarina.
Um vídeo caseiro, mas que contou com pelo menos 15 pessoas e uma produção. Insinua que Moisés é comunista “bombeiro melancia” e relaciona ele com setores da esquerda, em um velório simbólico. Também ataca o prefeito da capital, Gean Loureiro.
“Falso bolsonarista”, diz o vídeo.
Revela muito sobre o que é disseminado nas redes por estes grupos extremistas de direita. Ser direita, ser esquerda, ser centro, é ser cidadão. Ser radical, usar de mentiras e disseminá-las, é coisa de gente intolerante.
Para não dizer doente.
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