A sessão extraordinária da última sexta-feira, que encerrou os trabalhos Legislativos em 2018, foi mais uma mostra do desgaste da relação entre a Administração Mário Hildebrandt (PSB) e os vereadores de Blumenau. A calmaria que ditou as relações do Executivo e Legislativo no início do segundo mandato de Napoleão Bernardes (PSDB) e no começo do mandato de Mário não existe mais.
Os embates por conta da eleição da Mesa Diretora foram a gota d’água. Além da Mesa não ser a composição preferida do Governo, as cicatrizes da disputa ficaram abertas e precisará muita articulação para recuperar. Articulação que faltou ao Executivo nos últimos dias, tantas foram as reclamações dos parlamentares, desde os mais fieis até os mais independentes.
Na sessão de despedida, por exemplo, um projeto corriqueiro, como o repasse de verbas para a Cruz Azul, virou um cavalo de batalha, a ponto inclusive de quase não ter sido aprovado.
Alguns vereadores – Bruno Cunha (PSB), Professor Gilson (PSD) e Ailton de Souza, o Ito (PR), para ficar nos mais contundentes votaram contra, com a alegação que referendar o projeto era um gesto de “improbidade administrativa”, pois ele referia-se a uma verba que deveria ter sido autorizada na concessão, em agosto, e não agora.
Confira a fala de Bruno Cunha.
O próprio Marcos da Rosa (DEM), que como prefeito interino, enviou o projeto ao Legislativo, mostrou-se incomodado e manifestou isso na tribuna, confira:
Nossa Câmara é gerida por politicagem , salvo um ou outro vereador , o restante só quer saber dos seus cargos comissionados. Esta legislatura só não perde para a de 2004 , que foi um desastre total , mas esta quase lá .