De uma tacada só, o governador Jorginho Mello (PL) promoveu nove mudanças na linha de frente de sua equipe de Governo ao começar o segundo ano de seu mandato. Não é pouca coisa. E outras devem acontecer nos próximos três meses, por conta das eleições municipais.
Em algumas áreas, era inevitável, como a Defesa Civil, em especial pela desastrada gestão das barragens nas recentes enchentes vivenciadas no Vale do Itajaí. Outras, uma surpresa, como na Comunicação. A demissão de João Debiasi, apesar de ventilada, não tem uma explicação aparente.
A Segurança Pública foi a a pasta que mais demorou a ter o nome indicado no começo de Governo. O promotor Paulo Cezar Ramos de Oliveira tomou posse em abril e não esquentou lugar, dando o lugar para um. político, deputado Sargento Lima (PL). Pode virar também uma gestão relâmpago, pois pode ser o candidato do PL à Prefeitura de Joinville.
Uma mudança importante foi na Administração. Vânio Boing ocupa o cargo no lugar de Moisés Diersmann, que foi para a Ciasc, o Centro de Informática e Inovação. Moisés, ex-prefeito de Luzerna, é nome cotado para a Prefeitura de Joaçaba.
De todas as escolhas de Jorginho, uma foi gestada por mais de um ano, depois da vitória eleitoral de 2022, antes mesmo da posse. Filipe Mello na Casa Civil. Experiente, Jorginho teve todo este tempo para avaliar os prós e contras de nomear o filho para o principal cargo de articulação política do Governo. Mesmo a nomeação não sendo ilegal, gera a repercussão negativa na opinião pública, que vê a prática como nepotismo, situação explorada pelos adversários desde a confirmação do anuncio nesta quarta-feira.
Ao nomear o filho para um cargo chave, Jorginho só tira o advogado dos bastidores para as luzes. Filipe já atuava com uma assessor informal do pai, no caso, o governador e já foi secretário de Estado de Raimundo Colombo. Vai virar vitrine, mas por um lado chega com a força do parentesco e da confiança.
A lista completa dos novos indicados você confere aqui.
O Governo do Estado de Florianópolis não nomeou ninguém de Blumenau. Já está indo para o 2º ano e nada para dizer que tem alguém de Blumenau no Governo. E olha que não foi por falta de votos da cidade. É que Blumenau perdeu seu protagonismo em tudo.