
O vereador Alexandre Matias (PSDB), principal vidraça no episódio das merendas nas escolas, ele que foi secretário de educação na gestão anterior e nesta, deixando o cargo em janeiro, foi um dos protagonistas da sessão desta quinta-feira, quando o tema voltou a ser a tônica dos debates no parlamento.
Ele foi um dos seis vereadores que assinou a CPI para investigar os contratos da merenda feitos na gestão passada e o emergencial firmado pela atual. E apresentou um requerimento, que foi aprovado, cobrando informações do Executivo sobre os motivos pelos quais a gestão Egidio Ferrari (PL) não fez orçamento com a Risotolândia, empresa que prestava o serviço até dezembro, buscando saber se havia algum impedimento de ordem legal. A defesa de Matias é que, enquanto não viesse a nova licitação, que ele mesmo pediu em 13 de dezembro, a Risotolândia poderia apresentar um preço melhor e já teria know-how do serviço, evitando que acontecessem os problemas ocorridos no começo das aulas.
E, por fim, no tempo de sua fala na tribuna, usou cerca de dez minutos para falar de suas realizações à frente da secretaria, mostrando aspectos positivos, para defender sua gestão. “Sempre busquei fazer o melhor”, disse.
E aí entrou no caso da merenda. “Não me eximo das minhas responsabilidades, mas não posso assumir a responsabilidade de outras pessoas”, e apresentou uma linha do tempo, desde sua saída da secretaria em abril, para tentar a reeleição de vereador e a volta ao cargo em outubro, depois de reeleito.
Disse que, quando voltou, se deparou com o problema iminente de falta de merenda.
“Jamais imaginei que iria encontrar o que eu encontrei, o contrato da merenda já exaurido do quantitativo”, afirmando que quando reassumiu tomou todas as medidas para que não faltasse merenda, “como está acontecendo agora”.
Fez questão de destacar o atropelo na contratação da nova empresa, com poucos dias para se adaptarem à realidade da rede pública de Blumenau.
Disse que não “teve má gestão, não teve barbeiragem, teve comprometimento”, afirmando que sempre prezou pela retidão, destacando que é preciso atribuir as responsabilidades.
Por fim, afirmou. Fui um dos primeiros que assinei a CPI, temos muito a falar, não me eximo das responsabilidades que forem minhas, mas o que não foi meu, não vou assumir.
Isto nos lembra a CPI do transporte público, onde dois vereadores da base aliada faziam parte da comissão e terminou em pizza e a CPI da roçada , que nasceu morta .
Lembrando que a CPI é para investigar o poder público e o ex-secretário de educação , não é para investigar o atual vereador , que faz parte de varias comissões , inclusive suplente na comissão de ética .
É necessário os vereadores irem nas escolas durante o recreio pra verem as crianças comendo pão com margarina a semana inteira.