Em um primeiro momento, pode soar estranho o prefeito eleito de Blumenau colocar um policial civil de formação para presidir o Samae, a autarquia onde estão os maiores gargalos deste início de governo, junto com a Saúde.
Alexandre de Vargas foi o escolhido. Formado em direito, tem várias especializações. Mas sobretudo é homem de confiança do prefeito. Trabalham juntos desde 2016, quando o então delegado assumiu a delegacia regional e seguiram assim quando virou deputado estadual.
Durante a campanha e depois dela, em entrevistas, Egidio disse que ia “mergulhar de cabeça” no Samae e é isso que sinaliza com a escolha.
“Vou assumir a responsabilidade, preciso ter olhos e ouvidos lá dentro, a escolha leva o recado da futura gestão para a sociedade”, disse Egidio em conversa com o Informe.
Lembrou seu compromisso de campanha, que era dar um choque de gestão na autarquia. Quero resolver”, diz, garantindo que as reuniões de transição vão acontecer já a partir desta semana. Pediu para o futuro presidente que conheça os trabalhadores que lá estão e valorize o servidor de carreira, e lembrou que por formação Alexandre de Vargas conhece de gestão e licitações.
Alexandre de Vargas não era a primeira opção, ele estava se preparando para ficar no Gabinete para ser o “faz tudo” do prefeito eleito, até pela relação que os dois têm. Egidio Ferrari tentou dois nomes técnicos, mas esbarrou no salário. Para se ter uma ideia, alguns funcionários de carreira com nível superior do próprio Samae têm salário superior ao do presidente, quase R$ 17 mil brutos.
Chegou a tentar conciliar um perfil político com o técnico, mas avaliou as reações e sentiu que elas eram mais negativas que positivas.
Então, resolveu ele mesmo, junto com seu homem de confiança, assumir o Samae.
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